quinta-feira, 21 de julho de 2011

A justiça dos exames

Uma média de 17, numa escola pública considerada de referência, com professores muito experientes e competentes, a Inês deveria ir calma para os exames. Mas não foi. Minutos antes do teste de Português, vomitou. Aquando do de Historia tremia de frio, num dia quente. Resultado 1: 9 valores em ambos. Resultado 2: Agora com média de 16, não pode entrar em nenhuma faculdade, pública ou privada (precisaria de 9,5 – mais meia décima portanto).
Texto imprescindível publicado no blogue Terrear

Não ao maior despedimento da história do ensino

Os professores desempregados vão protestar no dia 10 de Setembro. O apelo, cujo texto reproduzimos à frente, surgiu no facebook e promete engordar:

Sem professores não há escola pública de qualidade. Dezenas de milhares de docentes vão ser afastados em Setembro devido aos cortes irresponsáveis impostos às escolas. A consequência serão turmas maiores e menos apoios educativos.

A redução radical do crédito de horas destinadas a projectos escolares e os cortes orçamentais ameaçam a qualidade da escola pública. Os professores que ficarem terão ainda mais trabalho e menos salário. Muitos de nós, contratados, que toda uma vida profissional saltámos de escola em escola, sempre deixados de fora da carreira, seremos empurrados da precariedade para o desemprego. Este mega-despedimento ataca os nossos direitos mas também a escola pública como parte da democracia.

Dizem-nos que a culpa é da dívida. Mas não fomos nós - professores precários que se sacrificaram anos a fio – que fizemos essa dívida. Cabe a quem brincou com a economia do país e engordou com a crise assumir as suas responsabilidades. Nem os professores, nem a escola, nem os alunos devem pagar essa conta. Em vez de nos lançar na crise, é preciso investir na Escola para o país superar a crise.

Somos professores, somos precários. Em nome dos alunos e do seu sucesso, não baixamos os braços. Em Setembro, varridos das escolas, iremos para a rua. Aqui, solidários com cada escola amputada, estaremos em protesto.

RECUSAMOS O DESEMPREGO
SOMOS INDISPENSÁVEIS
VAMOS SALVAR A ESCOLA PÚBLICA

Professores indignados

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Novo modelo de avaliação docente na forja...

Ministro apresenta modelo de avaliação dos professores na próxima sexta-feira

Na próxima sexta-feira será apresentado um novo modelo de avaliação dos professores, anunciou hoje o ministro da Educação, à margem da cerimónia de celebração dos 12 anos do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

Nuno Crato disse ter enviado uma carta aos sindicatos do sector, para os convocar para uma «sessão de apresentação do essencial do novo modelo de avaliação», que acredita que «será bem recebido».

domingo, 17 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Por uma escola exigente para responder à crise

Posição do Movimento Escola Pública sobre o programa do Governo PSD/PP:

O Movimento Escola Pública considera que o programa do governo para a Educação apresenta desde já objectivos que, a serem concretizados, terão consequências graves na qualidade da escola pública e na igualdade de oportunidades que constitucionalmente esta deve assegurar.

Condenamos o corte de cerca de 400 milhões de euros previsto no memorando da Troika para 2011 e 2012, verba que será poupada através da criação de mais mega-agrupamentos e redução de pessoal, dando continuidade às políticas do anterior governo. A despersonalização da escola com uma pequena direcção cada vez mais afastada de uma grande comunidade de alunos(as), professores(as), famílias e funcionários(as) é uma tendência oposta às melhores práticas internacionais.

Recusamos frontalmente a “examocracia” patente em todo o documento programático. Através de “provas para o 4.º ano, provas finais de ciclo no 6.º e 9.º anos, com um peso na avaliação final e exames nacionais no 11.º e 12.º ano”, prevê-se que a introdução de exames com peso na avaliação final seja um mecanismo de selecção para definir prematuramente o percurso escolar dos alunos, transformando a escola num centro de treino para exames e alimentando ainda mais o negócio crescente das explicações privadas. Examinar para excluir é a solução mais facilitista que pode existir. Do que precisamos é de uma escola exigente que não desista dos(as) alunos(as), apostando no acompanhamento pedagógico individualizado sempre que necessário.

É ainda com grande preocupação que olhamos para:

- a possibilidade do peso das notas dos exames finais na avaliação dos professores, por ser um mecanismo aleatório, incapaz de avaliar o trabalho concreto desenvolvido pelos docentes devido à diversidade dos contextos económicos, culturais e sociais de crianças e jovens;

- a recusa em suspender o actual modelo de avaliação de professores, prolongando assim desnecessariamente conflitos e instabilidades prejudiciais a um ambiente pedagógico sereno;

- a “defesa da política de contratos de associação com estabelecimentos de ensino particular e cooperativo”, aparentemente sem condições, associada ao objectivo de “desenvolver progressivamente iniciativas de liberdade de escolha para as famílias em relação à oferta disponível pública ou privada”. Desenha-se aqui um objectivo antigo dos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa: uma escola pública para os pobres e uma escola privada para as classes médias e altas, financiada pelo dinheiro do Estado, ou seja, de todos. Esta aposta do governo merecerá a nossa oposição total.

O Movimento Escola Pública considera que é urgente transformação da escola numa outra escola, mais exigente, contra os facilitismos e a passividade face às dificuldades, e que tal implica a adopção de medidas concretas, com impacto no desempenho de alunos e professores. Por isso, lamentamos a ausência de qualquer referência:

- à necessidade da redução do número de alunos por turma e por professor. Pelo contrário, com a redução drástica do número de docentes, o tamanho das turmas e do total de alunos a cargo de cada um tenderá a aumentar.

- ao número de elementos do pessoal não docente em cada estabelecimento - especialmente nos que acolhem crianças mais novas

- à introdução de equipas multidisciplinares nas escolas que garantam um acompanhamento eficaz de cada aluno(a).

Fácil é eliminar e seleccionar. Difícil é garantir um ensino de qualidade para todos e todas. O governo escolhe o facilitismo. Nós acreditamos que somos capazes, como sociedade, de não nos contentarmos com pouco, e escolher a exigência.

Julho 2011, Movimento Escola Pública.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sobre a crítica do eduquês e o programa da direita

A direita adubou os cortes da “troika” com um programa radical de mudança do sistema de ensino. O passado é para apagar, através da “substituição da facilidade pelo esforço, do laxismo pelo trabalho, do dirigismo pedagógico pelo rigor científico, da indisciplina pela disciplina, do centralismo pela autonomia”(1) . A “luz” da direita vê mais longe do que a cegueira dos cortes(2), com um pacote completo que, desde a municipalização até da gestão das escolas aos exames no fim de todos os ciclos de ensino, não deixará nada de pé(3).
O programa da coligação tem hoje um ministro que escreveu o seu programa: O Eduquês em discurso directo…. Professores e professoras soçobraram aos encantos do discurso, a esquerda não esteve à altura da resposta que se exigia, mas não terá alternativa. A obra assenta:

1. na culpa de Rousseau: com a denuncia da “ideologia dominante”, banhada pelo romantismo e pelo construtivismo, partindo de uma abordagem cognitivista, e ignorando que durante décadas a escola foi banhada pelos objectivos de Bloom;

2. na culpa das ciências da educação: responsabilizadas pelo laxismo triunfante, pela propagação através de programas, investigadores e decisores políticos, do “eduquês”, pelo triunfo do “ensino centrado no aluno” e pela desvalorização dos currículos, para o qual a verdadeira resposta são os exames, de alunos e professores. “Não se pode avaliar professores sem avaliação externa aos alunos” (Nuno Crato, 15.4.2008), convém não esquecer.

3. na prova dos 9: refazer uma política de selecção através dos exames: “os exames podem ser orientadores de percursos escolares, levando, por exemplo, a encaminhar estudantes com dificuldades para vias alternativas, com o mesmo ou com outro término escolar” (p.48). Como os exames já existem, reconhecendo o autor, aliás, que PSD os instalou e PS os preservou, impõe-se saber: qual é o peso que os exames terão na avaliação final de alunos de 6.º e 9.º anos? E qual é o peso que os resultados dos exames terão na avaliação dos professores?

Sobre a obsessão dos exames: É certo que, no quadro europeu, os exames se expandiram a partir da década de 90. Segundo dados de 2008-2009 (4), realizam-se na maior parte dos países no fim do CITE 2 (9.º ano) o que, na maioria, também corresponde ao fim da escolaridade obrigatória. Na última década, centram-se na avaliação de competências, pelo que será curioso testar a resistência do ministro a esta hegemonia. Das 36 realidades aferidas, 11 não têm exames obrigatórios, podendo ou não haver exames por amostragem. Mas o que está longe de ser regra é a realização de 3 exames obrigatórios nos 9 ou 10 anos de escolaridade iniciais. Por outro, na maioria dos países, os exames equivalentes ao 9.º ano não têm impacte na definição do percurso escolar dos alunos; das 36 realidades apontadas, 12 reconhecem estes exames para fins de atribuição de diplomas e, em conformidade, como é já o caso de Portugal, articulam a classificação do exame com a avaliação contínua. Excepção feita a Malta, onde os exames determinam que os alunos se agrupam, no 5.º e 6.º anos, segundo as capacidades, ou à Polónia, onde maus resultados nos exames de 9.º podem empurrar os alunos para a realização de ensino profissional de curta duração, os exames não estão, na Europa, ao serviço do eugenismo social e cultural.

Sobre a retórica “eduquesa”: supor que ela formatou as práticas e foi, com elas, responsável pelos fracassos, é desconhecer a realidade das escolas: o ensino não está “centrado no aluno”, nem condições, nem recursos, nem vontade; os currículos não foram desvalorizados, pelo contrário, são omnipotentes através dos manuais escolares; e se as competências foram, de facto, a moda dos anos 90, importada do mundo empresarial com as nuvens difusoras que arrastaram, os testes continuam a exigir aos alunos e alunas: “define hominização…”

Confundir o aterro burocrático em que as escolas estão mergulhadas – e ignorar que ele serve a normalização, a obediência, a anestesia de todas as autonomias – ou confundir a avaliação dos alunos - feita em folhas de Excel, que fariam salivar de inveja os cães de Pavlov - com o triunfo de uma ideologia romântica e construtivista, cuja linguagem seria o “eduquês”, é uma distorção oportunista e parasita das formas de poder instaladas. E é-o porque a chave do novo poder está à mão: selecção dos alunos no 4.º ano, ou no final do 2.º ciclo ou do 3.º e, o tempo dirá, integração das classificações destas provas na avaliação dos professores. Isto basta para percebermos que os tempos não estão para indecisões, em nome da escola pública e do seu pacto com a democracia, em nome das crianças e dos jovens deste país.

Cecília Honório

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1Programa do XIX Governo Constitucional, p. 109.

2A “troika” impõe para a educação, nos próximos dois anos, um corte de, pelo menos, 375 milhões de euros – através, sobretudo, da “criação de agrupamentos de escolas”e da “redução das necessidades de pessoal”.

3Generalização da avaliação nacional: provas para o 4.º ano; provas finais de ciclo no 6.º e 9.º anos, com um peso na avaliação final; exames nacionais no 11.º e 12.º ano (p. 111).

4Exames nacionais dos alunos na Europa: objectivos, organização e utilização de resultados, Eurydice 2010.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Não pára o ataque aos professores…e à escola pública

Os dois maiores sindicatos de professores denunciaram o despedimento ou não renovação de contratos de milhares de professores. A Fenprof estima em 20 mil o número de professores que podem ficar sem emprego já em Setembro devido à eliminação de cerca de 30 mil horários (ler aqui e aqui); e a FNE avisa que várias escolas estão a despedir de forma ilegal centenas de professores com contratos de substituição, quando os docentes que aqueles estão a substituir ainda não voltaram ao trabalho (ler aqui e aqui). Quando é necessária uma escola mais capaz para travar o abandono escolar, o governo e a troika preferem a política da terra queimada.

domingo, 3 de julho de 2011

Soy Publica

Em castelhano Movimento Escola Pública parece escrever-se assim: Soy Publica.E o movimento esteve na Praça do Sol para dizer isto:
DISCURSO PARA EL DEBATE DEL PUEBLO SOBRE EL ESTADO DE LA NACIÓN. 29J-2011


La educación
Vivir en democracia significa que las personas que componen la sociedad son capaces de participar en ella, que han desarrollado una actitud crítica y un profundo conocimiento de la realidad que día a día construyen. ¿Cómo si no podrían participar y realizarse en democracia?
Partiendo del principio de que la educación lleva implícitos unos valores, éstos deberían ser los de la democracia, es decir igualdad, participación, solidaridad y actitud crítica.
Desgraciadamente no es así en el mundo en que vivimos. Hace ya unas décadas quea nivel internacional, el capital se ha ido adueñando de los sectores estratégicos nacionales, levantados de la nada con el esfuerzo de los pueblos. De este modo se privatizaron los transportes, las comunicaciones, la energía e incluso el agua.
Este proceso, además de un expolio inmoral de los bienes del pueblo, supuso un incremento del paro, del endeudamiento, del enriquecimiento de unos pocos y del empobrecimiento de la mayoría.
Hoy en día presenciamos cómo los únicos sectores que quedan en manos de las administraciones públicas, servicios como educación y sanidad, constituyen un nicho de negocio y de adoctrinamiento en la cultura del mercado, del individualismo y del consumismo.
EDUCACIÓN
En cuanto a Educación, os vamos a explicar en qué consisten las tres vías del proceso de mercantilización de la escuela.
1-
  1. La primera vía consiste en hacer que las clases populares, (que somos la mayoría, pues dependemos de un empleo), paguen parte de la educación de sus hijos. Esto supone el copago. Esta primera vía, está bastante avanzada en España y en particular en Madrid, donde el peso de la escuela concertada crece a pasos agigantados. En los últimos años han recibido un incremento económico del 23%, pasando de 700 a más de 850 millones de euros anuales. Entre tanto, el presupuesto para la educación pública disminuye.
  1. El gasto de la administración autonómica española por alumno o alumna en la concertada supone la mitad que el de un alumno o alumna de la pública. Es un buen argumento en tiempos de crisis, pero lo que no nos cuentan es que la inversión de las familias españolas en educación es la más alta de toda Europa, llegando a rozar el 1% del PIB, en torno a los 8000 millones de euros. Es decir lo que no paga la Administración, lo paga la familia.
  1. Mientras, con la excusa del ahorro y la importancia de la economía, en Madrid se recortan 40 millones de euros este curso a la vez que se gastan más de 70 en autopropaganda. Además, se dejan de ingresar 90 por deducción fiscal en concepto de matriculación en centros privados, la mayoría religiosos.
2-
  1. La segunda vía de mercantilización de la escuela es que desde organismos como la OCDE o la propia Unión Europea, se imponen políticas destinadas a educar en la ignorancia. Parece una contradicción, ¿cómo se puede educar en la ignorancia?
  1. Observamos que la enorme economía global de los grandes beneficios, esa gran mentira de la economía, que debería llamarse avaricia, no necesita de una población compuesta por personas bien educadas y con capacidad de hacer juicios críticos. La finalidad es crear consumidores y educar a la futura mano de obra, en los repentinos y caprichosos cambios del mercado.
  1. Uno de los métodos para alejar el conocimiento de la escuela ha sido, por un lado ahogarlaeconómicamente y, por otro,desprestigiarla continuamente, utilizando su poderosa máquina mediática. Todos lo políticos dicen que la escuela está mal para así aplicar sus recetas privatizadoras.
3-
  1. La tercera vía de mercantilización de la escuela es hacerla rentable para las grandes empresas. Un ejemplo es la firma del acuerdo millonario con una multinacional de la informática en la Comunidad de Madrid, para implantar las nuevas tecnologías en el aula. Esto ocurre en 2010, el año de los recortes en educación, a pesar de que existe software libre y gratuito que cumple las mismas funciones. Es solo un ejemplo, como el de los distintos ensayos de introducir publicidad en el aula, etc
Recopilando: copago, empobrecimiento y desprestigio de la escuela y niños y niñas para los que no se construye una educación democrática, gratuita, laica y del conocimiento.
DATOS
Ofreceremos ahora algunos datossobre la educación española y madrileña para situarla en el contexto europeo.
  1. Mientras que la media de inversión de la Europa de los 15 países más desarrollados se encuentra en el 5,5% del PIB, la media de España es un 4,3%. Este porcentaje en Madrid se reduce al 2,46% de su riqueza interior. Es pues, Madrid la región a la cola en inversión, no solo en España, sino en Europa.
  1. Otro dato interesante es que los mayores índices de fracaso escolar se encuentran en los barrios más desfavorecidos, aquellos que precisamente han sido recientemente más castigados por los recortes por aumento de ratios, práctica desaparición de apoyos, etc. ¿Es esto democracia?
  1. Otro dato curioso es que cuando se comparan los resultados del alumnado del mismo nivel socioeconómico, son mejores los resultados de la escuela pública .
Para abreviar, diremos que creemos en una escuela pública y democrática, una escuela que transmite el saber humanista y científico, como fin en sí mismo. Para comprender el mundo en el que vivimos, para crecer juntos y juntas y colaborar aprovechando al máximo las capacidades del ser humano y sus posibilidades de enriquecimiento moral, cultural, creativo y social.
Una escuela sostenida de forma solidaria por la sociedad y construida desde abajo y de forma democrática por sus verdaderos activos: alumnado, padres y madres, profesorado. Una escuela no de la calidad, porque no somos una empresa, sino una escuela del conocimiento, libre y crítico.
Seguir por el camino que dicta el capital solo nos conduce a la creación de futuros consumidores inconscientes y/o futuros precarios y parados.
Somos seres culturales. Por lo tanto, impedir la formación del pueblo es tirar a la basura las capacidades del ser humano y sus posibilidades de mejora como conjunto. El único interés que hay en mantener esta segregación es la perpetuación del poder de clase de las élites privilegiadasy de la lógica de mercado. No se lo vamos a permitir.
La Educación Pública en democracia nos hace libres, nos hace mejores y amplía el horizonte de todos y todas

O “anti-eduquês” como ideologia pedagógica

Pertinente texto de Licínio Lima, descoberto por Miguel Pinto.



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Avaliação em doses cavalares

“rigor na avaliação”, “exigência nas provas”, “generalização da avaliação nacional”, provas para o 4.º ano”, “provas finais de ciclo no 6.º e 9.º anos, com um peso na avaliação final”,  “exames nacionais no 11.º e 12.º ano”, “desenvolver e consolidar uma cultura de avaliação a todos os níveis do sistema de ensino”, “implementar uma política de avaliação global”. Registámos a ocorrência da palavra avaliação (ou avaliar) no programa do governo (paginas 109 a 115). Em apenas sete páginas esta palavra é referida 15 vezes. As palavras “exames” (3), “mérito” (3), “autoridade” (2), “disciplina” (2) ficam a milhas de distância da palavra avaliação, mas todas juntas deixam mostrar o que move o governo: uma ânsia avaliadora e seleccionadora mais do que uma vontade de resolver problemas e de garantir o sucesso de todos.
Quanto ao modelo de avaliação dos professores ele não é suspenso e sugere-se apenas uma “reformulação”. Um balde de água fria para quem chegou a acreditar?