Somos um movimento de professores e cidadãos que se juntam para defender e reinventar a escola pública, porque queremos combater a reprodução das desigualdades sociais e criar uma cultura inovadora, democrática e de participação, tendo como primeiro compromisso o sucesso e a emancipação dos alunos.
Gostaria de dizer-vos a minha opinião sobre este tipo de movimentos e suas iniciativas. Esta opinião aplica-se, não apenas a este, como a qualquer um com as mesmas características.
Faz-me uma certa espécie, desunharem-se certas pessoas para criarem movimentos deste género, quando são - mais coisa menos coisa- uma emanação directa da vontade de um dado partido. Neste caso é o BE. Mas há outros casos de movimentos que estão controlados ou pilotados à distância por outros partidos. Não se poderá falar cde movimentos independentes realmente, eles antes seriam capas dos mesmos partidos. Como eu não tenho nada contra as pessoas se auto-organizem como entenderem, não tenho de igual modo nada a dizer que as pessoas se organizem em diversos partidos ou que criem novos partidos. Porém, parece-me sintomáitico da fraca qualidade da nossa democracia e do pensamento dos nossos políticos que se proceda em áreas específicas com «movimentos» que apenas são capas ou biombos para os referidos partidos fazerem o seu jogo. Além disso, é bastante confrangedor ver que isso serve os partidos estarem com um pé num sítio e com o pé noutro. Afirmam um dado discurso enquanto partido, outro discurso enquanto participantes de «movimentos independentes» (na realidade por eles criados de todas as peças ou por eles hegemonizados) ou ainda outro discurso, o «sindical» através das direcções de sindicatos, 'representados' através de 'figuras destacadas' (em ambos os sentidos da palavra destacadas)!
Não será tempo de alanisarmos friamente as consequências desta maneira de fazer política nos movimentos sociais?
O caso mais caricato é o FSP. Tem pessoas de partidos, sindicatos, ONGs, etc. Mas toda a gente sabe que tal ou tal figura de tal sindicato ou de tal ONG, é do partido X e que este sindicato ou ONG são máscaras de conveniência (bandeiras de conveniência) do mesmíssimo partido.
Eu até sou capaz de me deslocar ao encontro do dia 29 e participar construtivamente no mesmo (talvez o faça, talvez não, não prometo nada).
Este comentário é para pedir uma clarificação e um debate. Não é contra ninguém, nem nenhum partido, é somente uma chamada de atenção e uma reflexão.
Queridos/as Companheiros/as,
ResponderEliminarGostaria de dizer-vos a minha opinião sobre este tipo
de movimentos e suas iniciativas.
Esta opinião aplica-se, não apenas a este, como a
qualquer um com as mesmas características.
Faz-me uma certa espécie, desunharem-se certas pessoas
para criarem movimentos deste género, quando são -
mais coisa menos coisa- uma emanação directa da
vontade de um dado partido.
Neste caso é o BE. Mas há outros casos de movimentos
que estão controlados ou pilotados à distância por
outros partidos.
Não se poderá falar cde movimentos independentes
realmente, eles antes seriam capas dos mesmos
partidos.
Como eu não tenho nada contra as pessoas se
auto-organizem como entenderem, não tenho de igual
modo nada a dizer que as pessoas se organizem em
diversos partidos ou que criem novos partidos.
Porém, parece-me sintomáitico da fraca qualidade da
nossa democracia e do pensamento dos nossos políticos
que se proceda em áreas específicas com «movimentos»
que apenas são capas ou biombos para os referidos
partidos fazerem o seu jogo.
Além disso, é bastante confrangedor ver que isso serve
os partidos estarem com um pé num sítio e com o pé
noutro. Afirmam um dado discurso enquanto partido,
outro discurso enquanto participantes de «movimentos
independentes» (na realidade por eles criados de todas
as peças ou por eles hegemonizados) ou ainda outro
discurso, o «sindical» através das direcções de
sindicatos, 'representados' através de 'figuras
destacadas' (em ambos os sentidos da palavra
destacadas)!
Não será tempo de alanisarmos friamente as
consequências desta maneira de fazer política nos
movimentos sociais?
O caso mais caricato é o FSP. Tem pessoas de partidos,
sindicatos, ONGs, etc. Mas toda a gente sabe que tal
ou tal figura de tal sindicato ou de tal ONG, é do
partido X e que este sindicato ou ONG são máscaras de
conveniência (bandeiras de conveniência) do mesmíssimo
partido.
Eu até sou capaz de me deslocar ao encontro do dia 29
e participar construtivamente no mesmo (talvez o faça,
talvez não, não prometo nada).
Este comentário é para pedir uma clarificação e um
debate.
Não é contra ninguém, nem nenhum partido, é somente
uma chamada de atenção e uma reflexão.
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manuelbap@yahoo.com
Solidariedade,
Manuel Baptista
25-04-2008 23:13