sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Realidade, Rogai Por Nós


imagem daqui (2008)

Do livro negro da educação

Pela manhã, ouvi a Senhora Ministra da Educação falar entusiasticamente sobre o ensino da música em Portugal e sobre as magníficas reformas em curso no ensino em geral.
Quinze minutos mais tarde, ouvi António Wagner Diniz dizer que, no ano de 2005, retiraram 12 mil euros ao orçamento do Conservatório e que, desde então até à data, não houve qualquer actualização. Mais, o Conservatório não tem cadeiras e secretárias suficientes para sentar todos os alunos e muito menos verba para as comprar e que o salão nobre ameaça derrocada.
A latere, na 2ª feira, a minha secretária pediu-me que lhe adiantasse o subsídio de Natal para poder comprar os livros e material escolar para os 2 filhos.
A semana passada, a minha melhor amiga, que decidiu colocar o filho no ensino público, ficou a saber que algures, ao longo do ano lectivo, os putos estarão, no mínimo, 15 dias sem ter aulas em duas disciplinas específicas, porque os professores que as leccionam entram na reforma durante o decurso do ano lectivo e embora já se saiba isso de antemão, só depois de sairem é que podem ser substituídos.
(...) creio bem que podemos também começar fazer um Livro Negro da Educação.

recolhido no blogue Amor e outros desastres, hoje

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