segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Agrupamento de Escolas de Paços de Ferreira


Olá a todos,
segue a moção aprovada por unanimidade dos Educadores e Professores do Agrupamento Vertival de Escolas de Paços de Ferreira em reunião realizada em 27 de Janeiro. Estiveram presentes 102 Educadores e Professores.

Posições destas dão mais força aos professores, a luta faz-se Escola a Escola...Professor a Professor...
Abraço a todos;
Jorge Pinto

Moção

· Os Educadores e Professores do Agrupamento Vertical de Paços de Ferreira, suspenderam, por larga maioria e sem votos contra, o processo de ADD (Decreto Regulamentar n.º 2/2008 e Decreto Regulamentar n,º1-A/2009), tal como sucedeu em mais de 450 Escolas ou
Agrupamentos de Escolas de todo o País.

· A necessidade sentida pelo Governo, na sequência das enormes manifestações de descontentamento levadas a cabo pela quase totalidade da classe docente, de alterações sucessivas do Modelo de Avaliação, mais não é que um reconhecimento inequívoco da sua inadequação pedagógica e da inaplicabilidade do Modelo.

· As alterações pontuais que foram introduzidas não alteraram a filosofia e os princípios que lhe estão subjacentes. Apesar de designado por Modelo de Avaliação, não o é efectivamente. Não tem cariz formativo, não promove a melhoria das práticas, centrado que está na seriação dos professores para efeitos de gestão de carreira.

· As alterações produzidas pelo Governo mantêm o essencial do Modelo, nomeadamente, alguns dos aspectos mais contestados como a existência de quotas para Excelente e Muito Bom, desvirtuando assim qualquer perspectiva dos docentes verem reconhecidos os seus efectivos
méritos, conhecimentos, capacidades e investimento na Carreira.

· Outras alterações como as que têm a ver com as classificações dos alunos e abandono escolar, são meramente conjunturais, tendo sido afirmado que esses aspectos seriam
posteriormente retomados para efeitos de avaliação.

· A implementação do Modelo de Avaliação imposto pelo Governo significa a aceitação tácita do ECD, que promove a divisão artificial da carreira em categorias e que a esmagadora maioria dos docentes contesta.

· Tendo em consideração o que foi referido anteriormente, os Educadores e Professores do Agrupamento Vertical de Paços de Ferreira, coerentes com as tomadas de posição que têm assumido ao longo deste processo, reafirmam a sua vontade em manter a suspensão da entrega dos Objectivos Individuais da ADD ou de qualquer outro documento relativo ao mesmo.

· Apelam ainda a que aconteça o mais rapidamente possível um processo sério de revisão do ECD, eliminando a divisão da carreira em categorias, e que se substitua o actual Modelo de Avaliação por um Modelo consensual e pacífico, que se revele exequível, justo e transparente, visando a melhoria do serviço educativo público, a dignificação do trabalho docente, promovendo assim uma Escola Pública de qualidade.

· A presente moção será acompanhada de lista da sua subscrição, correspondente à unanimidade da sua aprovação, pelos docentes presentes, em plenário, bem como daqueles que, não tendo podido estar presentes, concordam com o seu conteúdo.

Agrupamento Vertical de Escolas de Paços de Ferreira, 27 de Janeiro de 2009

1 comentário:

Contra BAIXO disse...

Pois é! Alguém tem de dizer a verdade. E a verdade é que depois daquela moção, em que as pessoas assumiram livre e PÚBLICAMENTE a posição de não entregar os objectivos, no dia seguinte e restantes foi uma VERGONHA o que se passou. Foi um ver se te avias a entregar os objectivos. Restamos "uma mão cheia" a respeitar o seu compromisso, a sua palavra... e a poder dizer: «Eu faço o que digo e digo o que faço». Mostramos nesta escola de que massa somos feitos... que somos pessoas (???) para quem HONRA e DIGNIDADE não significam coisa absolutamente nenhuma. ir "dar um ou dois passeios" a Lisboa foi apenas paisagem, AGORA é que que a luta começava. Com UNIDADE e COERÊNCIA. Aliás ouvir os argumentos invocados por muitos para nos convençer a entregar os objectivos foi algo que ficará na memória. Já não há vergonha... mas há-de haver MEMÓRIA.