sábado, 7 de fevereiro de 2009

Fenprof estima que entre "50 a 60 mil" professores não vão entregar objectivos individuais, cerca de 40% dos docentes do país



Em conferência de Imprensa, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) estimou hoje que entre "50 a 60 mil" docentes não entregarão os objectivos individuais, no âmbito da avaliação de desempenho, e afirmou que os que entregaram fizeram-no num contexto de "chantagem, pressão e medo".

"Calculamos que entre 50 a 60 mil professores não vão entregar os seus objectivos individuais", afirmou o secretário-geral da Fenprof, em conferência de imprensa, sublinhando que o prazo para o cumprimento daquele procedimento só se esgotou em "pouco mais de um terço das escolas".

Mário Nogueira acrescentou que nos estabelecimentos de ensino onde o prazo já terminou, "40 a 50 por cento" dos docentes não entregaram os objectivos individuais. Em relação aos que o fizeram, justifica com um "contexto de ameaça, chantagem, pressão e dificuldade".
"Neste momento, o Ministério da Educação assenta no medo o levar por diante a sua avaliação. O medo é hoje a razão principal pela qual muitos professores estão a entregar os objectivos individuais", criticou o sindicalista, depois de "saudar os que resistiram".
O Ministério da Educação estimou esta semana que "a maioria" dos docentes cumpriu este procedimento, uma das primeiras etapas do processo de avaliação de desempenho.
"O clima de terror e medo para atingir fins políticos não é próprio de um regime democrático", acrescentou Mário Nogueira.

Para o dirigente sindical, o facto de 50 a 60 mil professores não entregarem os objectivos mostra que "o modelo de avaliação do Governo está desacreditado e não é nada".

Lisboa, 06 Fev (Lusa)

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