terça-feira, 7 de outubro de 2008

A avaliação que é exploração


E_mail reenviado para movimentoescolapublica@gmail.com:

Cara colega,

Recebi o teu mail que me foi reencaminhado por uma amiga que é tua colega na Escola Secundária de Odivelas. A Margarida Cascarejo. Ela poderá confirmar-te o que abaixo te descrevo. Como presidente do C.E. da minha escola está um professor primário que odeia dar aulas, esteve toda a vida como vereador na câmara da Arruda dos Vinhos, onde se incompatibilizou com os seus pares e teve de voltar à para a escola. Tudo fez para há 3 anos, ser eleito para o Executivo. Agora tornou-se 'mais papista que o papa', sobrecarregando-nos de forma perfeitamente hedionda, com trabalho e mais trabalho, papelada e mais papelada. Já nos marcou as aulas observadas, quer portefólio com planificações de tudo, relatórios de tudo, etc.

Desde o dia 15 de Setembro que passei a poder dormir apenas 4h por noite e passo os fins-de-semana a trabalhar (não para os alunos, mas a fazer grelhas, papeladas e mais papeladas) estou esgotada, parece que estou a viver o meus anos de estágio, mas com a agravante de que nesses anos tinha 2 turmas e 2 níveis. Agora pedem-me o mesmo trabalho, mas para 8 turmas e 4 níveis, mais documentos e fichas e relatórios, para as aulas de substituição e de apoio, mais organização de 2 actividades por período, que envolvam pais e alunos, mais 2 acções de formação (desta forma, só se as houver entre as 2h e as 6h da manhã, que é o único tempo em que não estou a trabalhar para a escola. Já me foi comunicado que não terei excelente, porque o presidente não me atribuiu nenhum cargo. ISTO É HEDIONDO, E EU NÃO ESTOU A AGUENTAR TRABALHAR ASSIM.

Desculpa, eu sei que tu pedias outra coisa, mas estas situações também têm de ser denunciadas e eu não sei como.

Envio-te em anexo o mail que enviei ao sindicato, a pedir ajuda.
Se me pudesses ajudar… agradecia.

Mª Teresa Caldeira

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