sexta-feira, 11 de junho de 2010

Desconversar para reinar


O Público traz esta sexta-feira um artigo de fundo sobre o tamanho das turmas e a sua relação com o sucesso escolar, a propósito das mais de dezoito mil assinaturas entregues no parlamento pelo Movimento Escola Pública. Conseguindo ser elucidativo sobre a patetice dos argumentos governamentais, é um facto que as estatísticas publicadas podem confundir os que andam menos atentos a estas coisas.

O Paulo Guinote, que é um dos primeiros subscritores da petição, desmascarou de forma eficaz, aqui e aqui, a estratégia do desconversar para reinar.

Sublinhamos apenas o seguinte:

1) Esta petição defende a redução do número máximo de alunos por turma e não o número médio, mediano, mínimo ou outro qualquer. Precisará o Secretário de Estado de aulas de Matemática? Não, não precisa, só gosta de desconversar.

2) Acha o governo que, com o mesmo professor e à mesma disciplina, um grupo de 28 alunos tem tanto ou mais sucesso na aprendizagem do que o mesmo grupo mas com menos seis alunos? É desta pergunta que fogem, desconversando.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sempre ouvi dizer que a ignorância é o desconhecimento do conhecido.É demasiado evidente que esses pseudo sabichões governamentais ditos da 'inducação' de padrinhos e afilhados só sabem que nada sabem! A máxima acenta-lhes que nem uma luva.Mas
não lhes perdoem que eles sabem bem o rumo das suas intenções.

Ferreira, Luís Manuel Silva disse...

O vosso movimento tem toda a razão na diminuição do tamanho de turmas, no entanto, não vão ter, porque as questões económicas e financeiras falam mais alto.
Eles fazem o que querem, ou seja, aquilo que pretendem e são ignorantes, porque o que querem é de facto as trevas do povo.
E não pesnem que são só estes governantes, porque os próximos do PSD, liderados por Passos coelho, irão fazer o mesmo em nome da contenção da despesa pública, mas em prejuízo da educação.
E sorte teremos enquanto eles não privatizarem a escola pública.
Por trás das decisões destes governantes estão grupos, muitas vezes ocultos, de poderio económico.
Não vale a pena ter esperança, aliás, nós até estamos descredibilizados não só perante o governo, mas perante grande parte da opinião pública, por isso, agora teremos de nos conformar e falar baixo. Desautorizaram-nos e agora todos largam as suas pseudo-sabedorias acerca de nó e da nossa profissão e como deverá ou não ser a escola e o ensino.
O que me vale a mim é a literatura, aliás na escola não irei resistir muito mais tempo, todavia ler e escrever é aquilo que faço diariamente e cada vez com mais prazer.
Já agora, peço-vos licença a todos, principalmente ao moderador, para deixar aqui a sinopse do meu último romance e o endereço do meu modesto blogue.
Escrevo sobre a falta de valores, a procura incessante da dignidade, felicidade, liberdade e bem-estar, bem como sobre a forma negativa de se exercer o poder.


No século XX, poderia ter havido um pinhal, com um terreno no seu centro, no qual se localizavam duas casas, onde vivia uma família.
Diariamente, aquelas pessoas lutavam não só pela sobrevivência, mas também pela dignidade e pela presença da felicidade nas suas vidas.
As dificuldades, as contrariedades, as incompreensões, a violência doméstica e as barreiras faziam premanentemente parte daquela família da Região Centro Litoral, a qual poderá ser a representação da luta de muitas famílias portuguesas das últimas décadas.
Ao ler este livro, poderá conhecer ou recordar o modo de vida, alguns aspectos históricos e culturais da história recente de Portugal e a forma de pensar das pessoas nos meios rurais de há vinte, trinta, quarenta ou mais anos e verificar as diferenças ou semelhanças com a actualidade.

Mais informações em:

www.daescritaaleitura.blogspot.com
www.luismferreira.no.comunidades.net
www.falandodalingua.blogspot.com