quinta-feira, 26 de março de 2009

Professores e investigadores franceses ocupam Sorbonne


Ao fim de oito semanas de greve, centenas de professores e investigadores franceses decidiram ocupar parte das instalações no coração da universidade parisiense, contra a reforma do estatuto dos professores.

"Queremos demonstrar a nossa exasperação por não sermos ouvidos ao fim de oito semanas de greve e também pelas condições de acesso à Sorbonne impostas pela reitoria, nomeadamente a filtragem de todas as entradas para impedir a realização de reuniões fora do seu controlo", disse ao jornal Le Monde a professora Annliese Nef, da universidade Paris-VI.

Na mesma altura, um grupo de cem investigadores ocupou as instalações do Centro Nacional da Investigação Científica, igualmente em protesto contra a falta de resposta de Sarkozy às suas reivindicações.

A luta contra a reforma do estatuto dos professores e investigadores tem unido esta classe nos últimos meses, contra a precarização do seu trabalho e as novas regras para os concursos de professores que, segundo os sindicatos, não reconhecem as competências adquiridas e vão enfraquecer a qualidade do ensino.
Os dois alvos do protesto são Xavier Darcos e Valérie Pécresse, responsáveis pelas pastas do ensino superior e da educação, acusados de querem acelerar a concretização deste processo que é contestado pela generalidade da comunidade escolar.

O movimento tem ganho força nas universidades francesas desde o início de Fevereiro, com greves e manifestações por todo o país. Segundo o governo, ainda há dez universidades onde as aulas não foram restabelecidas. Noutras vinte, a actividade está a ser afectada por acções diversas, que vão desde a ocupação de parte das instalações até às chamadas "aulas alternativas" dadas pelos professores em luta.

Notícia Esquerda.net

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