terça-feira, 3 de março de 2009

Resultados da sondagem promovida pelo MEP


Qual a forma de luta mais eficaz para continuar a luta pela escola pública? (escolhe uma, duas ou no máximo três opções):

a) alimentar a frente de luta jurídica/legal contra o ministério da educação 254 (61%)
b) não entregar a ficha de auto-avaliação nos termos em que o ministério exige 76 (18%)
c) greve às avaliação no segundo e/ou no terceiro período 154 (37%)
d) uma marcha nacional de educação alargada a toda a sociedade 137 (33%)
e) uma nova grande manifestação nacional de professores 87 (21%)
f) participar em força no cordão humano de 7 de Março, tornando-o numa acção de massas 141 (34%)
g) realizar nova greve nacional, podendo ter mais de um dia de duração 131 (31%)

Número de votantes: 411
Número de votos: 980 (cerca de 2,4 votos por pessoa)
Nota: a percentagem indicada é de pessoas que votaram e não de votos.


Quatro ideias:

1) Continuar a impulsionar a frente jurídica contra o governo é a medida mais consensual. (61% das pessoas que votaram escolheram esta opção). Na verdade, não constitui uma surpresa: se as outras medidas são mais polémicas porque há quem considere que podem ser um tiro no pé, com a frente jurídica não haverá grande coisa a perder. Contudo, em nosso entender, alimentam-se aqui demasiadas esperanças: apesar de tudo, este é um dos lados para o qual o ministério da educação dormirá melhor.

2) A não entrega da Ficha de Auto-avaliação ficou em último lugar, com 76 votos. Apenas 18% dos votantes consideram que esta poderá ser uma medida eficaz de luta contra o governo. Estamos de acordo: do que precisam os professores agora é de acções que os voltem a unir. A não entrega da ficha de auto-avaliação nunca teria o mesmo número de seguidores que teve a recusa de entrega dos objectivos. O “factor medo” revelar-se-ia de forma mais poderosa.

3) A greve às avaliações, a participação em força no cordão humano, uma marcha nacional de educação e uma nova greve de professores, pela ordem enunciada, disputaram de perto o segundo lugar, tornando os resultados muito equilibrados. Em nosso entender, a greve às avaliações não é a melhor saída: isolaria os professores, dado que confrontaria pais e alunos. A participação em força no cordão humano é de facto essencial para medir a capacidade de mboilização dos professores nas ruas. Uma nova greve de professores com mais de um dia de duração poderá ser uma medida arriscada e com poucas possibilidades de unir todos os professores.

4) A Marcha Nacional de Educação alargada a toda a sociedade recolheu 137 votos. Mas se juntarmos os que escolheram uma nova grande manifestação nacional de professores, dá um total de 224 votos. Isto significa que a ideia de voltar a juntar todos os professores numa grande manifestação, como a de 8 de Março e a de 8 de Novembro, seja ou não alargada a toda a sociedade, reúne um número considerável de preferências, logo a seguir à opção da frente jurídica. Parece-nos de facto que esta ideia de voltar a encher as ruas da capital poderá ser uma boa solução, para voltar a unir todos os professores e encostar o governo à parede. Acreditamos que o cordão humano do próximo dia 7 será um bom ensaio e mostrará que existe força para muito mais.

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