Pois… Outra coisa não seria de esperar quando se entrega a uma empresa privada o património público das escolas. A tragicomédia de tudo isto vem da forma como Sócrates, o PS e o Governo, gritaram contra a proposta de revisão constitucional de Passos Coelho, armando-se em grandes defensores da escola pública. Passos diz para esfolar a escola pública mas ainda não o pode fazer. Sócrates defende-a com palavras enquanto a esfola com políticas.
domingo, 28 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Grande Greve Geral
Foi uma Greve Geral histórica. Muitos serviços do país paralisaram e ninguém pôde ficar indiferente. Na Educação, segundo dados da Fenprof, 75% dos professores aderiram e mais de 80% das escolas encerraram.
Em Lisboa, a Praça da Figueira encheu para um concerto/comício da Greve Geral, promovido pelo SPGL (mais fotos aqui). Foi uma iniciativa entusiasmante e que mostra que não há que ter medo de chamar o povo à rua em dia de Greve. A repetir.
Contratados e desempregados na luta
Professores contratados e desempregados, convocados por SMS e pelas redes sociais, concentraram-se esta quarta-feira (dia de Greve Geral) em frente ao Ministério da Educação em Lisboa, em protesto contra a precariedade.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Mais uma de 1001 razões para fazer Greve
Denúncia: Número de alunos por turma nos CEF
Caros colegas do MEP,
Chamo-me Teresa Teófilo e sou professora de Inglês na região do Algarve. Nos últimos cinco anos de serviço tenho tido sempre turmas dos Cursos de Educação e Formação e, garanto-vos, a experiência com estas turmas nunca se repete. Há sempre algo a modificar, a adaptar, a rentabilizar... Enfim, são turmas exigentes ao nível comportamental e atitudinal e, consequentemente, ao nível da aprendizagem.
Na vossa lista de tópicos referem, em primeiro lugar, as turmas com excesso de alunos mas não fazem referência à imposição do ME na composição das turmas para o presente ano lectivo relativamente aos cursos CEF. O ME decidiu em Agosto que o mínimo para uma turma CEF funcionar passava para 20 alunos (!) e o máximo para 25 alunos (!). Pois bem, só quem nunca leccionou turmas CEF é que podia decidir tal coisa!
Estas turmas congregam em si um grupo altamente heterógeneo de alunos, nos seus percursos de aprendizagem, nas suas idades, nas suas experiências de vida, nas suas reacções à aprendizagem e à escola. Frequentemente estes alunos têm um historial de retenções repetidas, tendência para o abandono escolar e problemas de aprendizagem.
Agora, digam-me que trabalho é possível ser feito numa turma com 21 alunos, tal como eu tenho este ano? Que possibilidade de ensino diferenciado? Que energia para contrariar comportamentos disfuncionais na sala de aula? Que hipóteses de adaptar estratégias diversificadas num clima de conflitos dentro da turma e de desobediência ao professor? Que esforços a fazer para garantir medidas concertadas pelo Conselho de Turma quando o ME retirou as reuniões semanais (90minutos lectivos por semana) que estes projectos tinham? Tudo para poupar na colocação de professores! Não há preocupação pedagógica nem orientação estratégica nas decisões do ME, apenas a vontade cega de poupar dinheiro. Essas decisões estão a condenar professores ao desemprego e à precariedade e estão a condenar jovens a uma aprendizagem mediocre.
Reafirmo a minha convicção na urgência em reduzir o número de alunos por turma e reduzir o número de turmas por professor. Este é o caminho para a sustentação diária de uma Escola Pública de Qualidade.
Por tudo isto, participarei na GREVE GERAL no próximo dia 24!
Teresa Teófilo
Algarve
sábado, 20 de novembro de 2010
Professores contratados concentram-se frente ao ME no dia da Greve Geral!
CONCENTRAÇÃO ÀS 14H30 EM FRENTE AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Contra a precariedade e o desemprego, por uma escola pública de qualidade!
Mais informações aqui
terça-feira, 16 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
Congresso Internacional sobre Sexualidade e Educação Sexual
Foi em Aveiro, de 11 a 13 de Novembro.
Os responsáveis querem "pôr as pessoas a pensar" e ajudar a combater o "obscurantismo" em torno da sexualidade, sustentando que "ainda há pouco à vontade" para falar desta temática.
Lê a notícia e acede ao site do Congresso
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Cada vez mais alunos comem nas escolas
O número de alunos que passou a fazer refeições nas escolas portuguesas aumentou entre 10 e 30 por cento, avança a TSF. Em declarações à rádio, António José Ganhão, responsável pelo pelouro da Educação da Associação de Municípios explica que o problema é ainda mais complicado nas grandes áreas metropolitanas.
«Nas zonas de maior densidade populacional o problema começa a agravar-se, por exemplo uma escola que no ano passado tinha 35 por cento de alunos carenciados, este ano tem mais de metade. Mas de quase todo o país vêm ecos de alunos carenciados», alertou o responsável.
António José Ganhão adianta que os municípios podem ficar de mãos atadas para ajudar as famílias e as crianças nas escolas, se o Estado não pagar o que deve às autarquias.
«Se não tiverem respeito por compromissos assumidos, sobretudo pelo Ministério da Educação que neste momento deve às autarquias 76 milhões de euros, não sei se será possível manter, por muito tempo, este apoio que estamos a prestar às escolas. Mas se não nos pagarem vão apressar a asfixia e o colapso financeiro de muitas autarquias».
Notícia daqui
Notícia daqui
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Estudo sobre o sistema de ensino público
"O sistema de ensino em Portugal continua a não corresponder às necessidades de desenvolvimento, e também não criou condições que ajudassem o País a enfrentar a crise actual. Segundo a OCDE, em 2008, portanto 33 anos depois do 25 de Abril, em Portugal, 72% da população portuguesa tinha apenas o ensino básico ou menos, quando a média dos países da OCDE era de 29%, ou seja, 2,4 vezes menos. E, entre 2008 e 2010, a situação não melhorou pois, segundo o INE, no fim do 1º semestre de 2010, a população com o ensino básico ou menos representava 73% da população total considerada nas Estatísticas do Emprego por níveis de escolaridade."
Ler o estudo de Eugénio Rosa aqui.
Ler o estudo de Eugénio Rosa aqui.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Plano Tecnológico da Educação sem aposta na manutenção técnica
A escola pública beneficiou indiscutivelmente de um significativo e mesmo gigantesco investimento na implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), através do ambicioso Plano Tecnológico da Educação (PTE), que, para álem de projectos como o “Magalhães” que proporcionaram aos alunos e a muitas famílias o contacto com as TIC, dotou as escolas do 2.º e 3.º ciclo bem como o secundário com equipamentos decisivos para melhorar os métodos de ensino, deixando para trás, já sem saudade, os diapositivos ou aparelhos a caminho de museu como o retroprojector, o vídeo ou o gravador de DVD.
Atingido o objectivo de um computador por sala de aula no âmbito do PTE a que se seguiu um projector multimédia também por sala, os quadros interactivos vão também aumentando a sua presença como uma das novas tecnologias mais em evidência em meio escolar, que exigem maior rentabilização para justificar os ainda elevados custos neste investimento, cujos resultados não podem ser meramente virtuais.
Com tal potencial tecnológico que representam as ferramentas cada vez mais ao dispor dos professores, a sua formação contínua, está muito para alem das suas áreas profissionais de docência e formação académica, das disciplinas dadas a cada turma ou nas múltiplas tarefas específicas que se acumulam na sua vivencia na escola de hoje. A familiarização com as novas tecnologias na sala de aula, são outras tantas exigências a que estão desafiados a corresponder através da frequência de acções de formação em horário extra laboral.
O reforço das qualificações e a valorização das competências, como forma de ultrapassar o que os formadores consideram serem “principais factores inibidores da modernização tecnológica do sistema educativo, promovendo a utilização das TTIC nos processos de ensino e aprendizagem e na gestão administrativa da escola”, são os objectivos das acções de formação em curso, centradas na rentabilização dos Quadros Interactivos Multimédia, através da formação de docentes na perspectiva da utilização pedagógica.
Mas como também é reconhecido por docentes/formadores, muitos deles com percursos profissionais de verdadeiros entusiastas das TIC apesar dos escassos recursos então existentes, que nas duas últimas décadas se vinham dedicado de forma entusiasta e empenhada através de vários projectos, a motivarem os colegas e os alunos, assim como as comunidades escolares em geral a familiarizarem-se com a informática, “a disponibilidade da tecnologia é apenas a condição necessária (e por ventura a mais fácil) não constituindo por si qualquer solução para mudar a Educação em Portugal. As reais “mais-valias” resultam fundamentalmente da interacção entre as pessoas e só a participação empenhada dos Professores como “arquitectos dos contextos de aprendizagem” poderá potenciar para a Educação os benefícios desta e de outras tecnologias”.
No entanto e como são cada vez mais escassos os professores voluntários e autodidactas na área da informática, que em muitas escolas foram sendo o suporte técnico ao nível das TIC para a resolução de problemas do normal funcionamento, que nos tempos actuais, ao não serem resolvidas tecnicamente na hora, originam autênticos embaraços e contradições com a dinâmica imprimida pelo PTE em sala de aula. As perturbações e alterações ao plano de aula previsto e aos métodos pedagógicos a utilizar em alternativa, passaram a ser uma realidade incómoda na ausência de técnicos que correspondam aos múltiplos problemas (avarias) que surgem nos meios informáticos ao serviço da Educação hoje em dia.
Ao investimento assinalável que apetrechou as escolas, o Governo e o Ministério da Educação não corresponderam simultaneamente à necessária aposta na manutenção técnica, não só com uma idêntica e coerente aposta em docentes na área da informática, bem como técnicos, que nesta área assumam profissionalmente o papel fundamental de poderem corresponder às inúmeras solicitações que na realidade actual dos PTE nas escolas, passou a exigir resposta pronta na manutenção, para, tantas vezes “salvar” e não desfraldar as dinâmicas de sala de aula que as novas tecnologias querem potenciar. Uma carência bem real nas escolas, tendo mesmo em linha de conta os cortes nas verbas que dificultam a continuação de contratos para a manutenção de equipamentos informáticos com empresas do ramo.
José Lopes (Ovar)
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