A seguinte carta, redigida pela professora Ana Tavares da Silva, destina-se a juntar forças contra a constituição dos Mega-Agrupamentos. Cada professor/a pode utilizá-la ou reformulá-la adaptando-a à sua realidade escolar. O objectivo é mesmo reunir as pessoas em torno do que é melhor para o ensino, promover a discussão e contribuir para uma tomada de posição:
Exm/a Sr/a Director/a do Agrupamento de Escolas:
Exm/a Sr/a Director/a do Agrupamento de Escolas:
Em todas escolas as equipas educativas têm uma grande preocupação com os múltiplos problemas que afectam as condições do processo de aprendizagem e de formação das crianças.
O conhecimento próximo da realidade escolar e a gestão autónoma das escolas são dois pilares que consideramos essenciais para o sucesso do ensino-aprendizagem. Sem um conhecimento dos intervenientes neste processo, sem o conhecimento dos alunos como crianças que diferem nas suas necessidades de aprendizagem este sucesso fica seriamente comprometido.
Pensamos que a constituição dos mega-agrupamento irá no sentido oposto ao da autonomia das escolas e como tal, apelamos a que as escolas básicas se mantenham numa estrutura de menor envergadura. Os mega-agrupamentos agregarão mais de 3 mil alunos e serão geridos por profissionais que dificilmente terão oportunidade de conhecer de perto cada escola, a sua realidade e necessidades educativas.
Poupar nos custos administrativos e centralizar as compras e serviços financeiros não é solução para os problemas com que se defrontam as nossas escolas. As escolas básicas vêem-se a braços com turmas compostas por cada vez mais alunos. O professor titular de turma dificilmente consegue gerir vários níveis de ensino na sua sala, alunos com NEE e horas de Apoio ao Estudo que deveriam constar como horas lectivas.É necessária a formação de turmas com menos alunos, são necessários mais educadores, professores e psicólogos nas escolas.
Porque pensamos ser necessário investir na educação, pronunciamo-nos contra a formação dos mega-agrupamentos.
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