sábado, 5 de dezembro de 2009

Categoria há só uma!


As diuturnidades foram uma conquista do movimento sindical e popular. O reconhecimento do brio profissional por parte da entidade patronal estava garantido. No sector público, mas também em parte do privado.
As diuturnidades garantidas como direito eram um estímulo à qualidade do trabalho das equipas de profissionais. O sentimento de que a pessoa ao lado tem os mesmos direito que tu. Garantidos. E que o teu trabalho só tem que melhorar e por isso poder reclamar pelos meios e recursos que falham dramaticamente.

Depois sim, podemos falar de modelos de avaliação.
Depois de garantir que todos somos tratados por igual, e que “categoria só há uma – professor e mais nenhuma!” Que temos o direito de ver reconhecido, inclusive financeiramente, o nosso desempenho e empenhamento no sucesso do trabalho de uma organização de centenas e mesmo milhares de pessoas: a escola. Periodicamente.

Depois sim, pensemos a avaliação.
A avaliação não pode servir para estrangular profissional e financeiramente . Tem que estar para além dessa vertente.
Tem que ser formativa. Basear-se em princípios democráticos e humanistas. Estimulada porque não há o medo de represálias nem concorrência pelos escassos lugares com que querem dividir (inclusive financeiramente) uma classe profissional inteira.Formação paga pela entidade patronal. Formação também para a democracia. A capacidade de reconhecer à sociedade, a começar pelos alunos e alunas, o direito e dever de contribuir para o debate e crítica sobre as melhores formas de realizar o trabalho de uma escola com tanta gente implicada.


Jaime Pinho

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