quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O osso do governo


O Governo alterou o Estatuto da Carreira Docente sem ceder no que mais lhe importa. Depois de partir a carreira em duas, veio agora atribuir alguns prémios de consolação aos professores que nunca poderão aceder à categoria de professor titular. Diminui-lhes o tempo de chegada ao patamar de onde jamais poderão subir e aumenta dois escalões a esse patamar, que continua intrasponível para a maior parte dos docentes.

Mais uma vez, o Ministério da Educação mostra a sua forma bruta de agir: entra a matar e depois cede em alguns pontos acessórios para disfarçar os estragos. Foi assim com o modelo de avaliação: entrou a matar e depois despejou simplexs, nunca admitindo que a jogada incial foi errada e desastrosa. E agora com o ECD: entrou a matar e agora tenta dourar a pílula, sem contudo largar o seu osso. E o osso é a divisão da carreira docente, para garantir a hierarquia, a cadeia de comando, e para bloquear a subida na carreira e poupar milhões em salários.

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