Reproduzimos o comunicado do SPGL, que acerta em cheio no essencial. Dos professores que obtiveram colocação nesta segunda fase, cerca de metade já eram quadros de zona pedagógica. Dos mais de 42 mil candidatos a contrato, só um terço conseguiu colocação. Mas o mais intrigante resume-se em duas perguntas: como pode o governo assumir que as necessidades permanentes das escolas preenchem-se sem o total de 31 mil professores colocados apenas na 2º fase, destinada às necessidades não permanentes? Há 31 mil professores colcoados que são acessórios? Lamentável.
Comunicado do SPGL
Colocação de professores: nada justifica a euforia do ME
Nesta segunda fase de colocações, obtiveram lugar 15125 professores contratados, num universo de 42319 candidatos “a contrato”. Ou seja, mantém-se um elevadíssimo número de docentes devidamente profissionalizados numa situação de desemprego, à espera de uma eventual colocação, necessariamente temporária e, em muitos casos, em horários reduzidos
Mas o mais inverosímil deste concurso é que o número de docentes colocados nesta 2ª fase – teoricamente destinada a situações residuais – é superior ao número de colocados na 1ª fase – teoricamente destinada a preencher necessidades permanentes. O absurdo torna-se mais relevante se atendermos a que na 1ª fase – que dá entrada nos quadros - foram apenas colocados 417 “contratados”. Torna-se evidente que todo o mecanismo do concurso aposta na consolidação da precariedade (os contratados colocados nesta 2ª fase não obtêm lugar de quadro nem ingressam na carreira) e, consequentemente, em “poupança” económica à custa da instabilidade dos docentes.
O SPGL sublinha que só uma política orientada pela procura da estabilidade profissional, traduzida na possibilidade de ingresso na carreira através da obtenção de um lugar de quadro, conseguirá respeitar os legítimos anseios dos professores e educadores e “equipar” as escolas com os meios humanos necessários a um trabalho com continuidade pedagógica.
A revisão da legislação dos concursos terá de ser objecto de trabalho do próximo governo.
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Comunicado do SPGL
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Mas o mais inverosímil deste concurso é que o número de docentes colocados nesta 2ª fase – teoricamente destinada a situações residuais – é superior ao número de colocados na 1ª fase – teoricamente destinada a preencher necessidades permanentes. O absurdo torna-se mais relevante se atendermos a que na 1ª fase – que dá entrada nos quadros - foram apenas colocados 417 “contratados”. Torna-se evidente que todo o mecanismo do concurso aposta na consolidação da precariedade (os contratados colocados nesta 2ª fase não obtêm lugar de quadro nem ingressam na carreira) e, consequentemente, em “poupança” económica à custa da instabilidade dos docentes.
O SPGL sublinha que só uma política orientada pela procura da estabilidade profissional, traduzida na possibilidade de ingresso na carreira através da obtenção de um lugar de quadro, conseguirá respeitar os legítimos anseios dos professores e educadores e “equipar” as escolas com os meios humanos necessários a um trabalho com continuidade pedagógica.
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