quinta-feira, 21 de julho de 2011

Não ao maior despedimento da história do ensino

Os professores desempregados vão protestar no dia 10 de Setembro. O apelo, cujo texto reproduzimos à frente, surgiu no facebook e promete engordar:

Sem professores não há escola pública de qualidade. Dezenas de milhares de docentes vão ser afastados em Setembro devido aos cortes irresponsáveis impostos às escolas. A consequência serão turmas maiores e menos apoios educativos.

A redução radical do crédito de horas destinadas a projectos escolares e os cortes orçamentais ameaçam a qualidade da escola pública. Os professores que ficarem terão ainda mais trabalho e menos salário. Muitos de nós, contratados, que toda uma vida profissional saltámos de escola em escola, sempre deixados de fora da carreira, seremos empurrados da precariedade para o desemprego. Este mega-despedimento ataca os nossos direitos mas também a escola pública como parte da democracia.

Dizem-nos que a culpa é da dívida. Mas não fomos nós - professores precários que se sacrificaram anos a fio – que fizemos essa dívida. Cabe a quem brincou com a economia do país e engordou com a crise assumir as suas responsabilidades. Nem os professores, nem a escola, nem os alunos devem pagar essa conta. Em vez de nos lançar na crise, é preciso investir na Escola para o país superar a crise.

Somos professores, somos precários. Em nome dos alunos e do seu sucesso, não baixamos os braços. Em Setembro, varridos das escolas, iremos para a rua. Aqui, solidários com cada escola amputada, estaremos em protesto.

RECUSAMOS O DESEMPREGO
SOMOS INDISPENSÁVEIS
VAMOS SALVAR A ESCOLA PÚBLICA

Professores indignados

2 comentários:

Anónimo disse...

Não vejo nem nunca vi um numero significativo de contratados a protestar! Pode ser que seja desta.

Anónimo disse...

Olá! Esta é uma manifestação obrigatória para mim! Não vou ser despedido, tenho 30 anos disto, estou no topo, mas tenho o maior respeito pelos meus colegas que, tendo feito um excelente trabalho, são agora, como recompensa, postos na rua!!! Mas que país é este que vendeu a alma (leia-se a Cultura) ao FMI? Por isso, já fui 2 vezes a Lisboa de bicicleta e agora vou a 3ª vez. Esta será a viagem da mais absoluta Solidariedade, que é precisamente aquilo que nos falta a todos, parta sermos uma verdadeira classe! Até dia 10 e um abraço solidário: nunca desistam! Carlos Azedo -Serpa