O tema abordado na Noticias Magazine n.º 920 sobre a institucionalização de crianças e adolescentes, pode ser incómodo, mas é incisivo, sobretudo pela coragem de afirmar sem hipocrisias, que tem efeitos comprovadamente negativos para os próprios e para a sociedade. Um trabalho, que deixa pistas fundamentais, nomeadamente a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, que o Estado português ratificou, e por isso assumiu responsabilidades, com particular incidência no caso das crianças desprovidas de meio familiar adequado, para que se reduzam os casos de pobreza, orfandade, abandono, maus-tratos e violência doméstica. Mas o que vivemos cada vez mais em meio escolar, é o fácil e frio recurso à institucionalização.
Sem que os vários órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas ou mesmo as associações de pais manifestem grande interesse em conhecer o destino dado às muitas crianças e adolescentes que em cada ano lectivo vão sendo institucionalizadas, como solução prática, tanto para os factores sociais das famílias desistruturadas e muitas vezes para a falta de resposta adequada de meios técnicos e profissionais, que não são disponibilizados nas escolas pelo Ministério da Educação. Quantos rostos, quantos nomes de alunos se apagam na indiferença e no esquecimento imposto pelos silêncios que normalmente imperam nestes processos.
Prevenir as situações de institucionalização, fomentando alternativas, tal como nos é sugerido no texto “Evitar a institucionalização” é um arrojado desafio, mas valia a pena debater na sociedade e nas escolas, para que houvesse mais sensibilidade na aposta do caminho que encare tais processos, cm último recurso e de duração temporária. Desta forma as comunidades escolares não cortavam laços com estas crianças e adolescentes, porque independentemente de na generalidade dos casos, serem desprovidos de meio familiar, como também é dito “não merecem menos do que quaisquer outras crianças”.
José Lopes (Ovar)
Sem que os vários órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas ou mesmo as associações de pais manifestem grande interesse em conhecer o destino dado às muitas crianças e adolescentes que em cada ano lectivo vão sendo institucionalizadas, como solução prática, tanto para os factores sociais das famílias desistruturadas e muitas vezes para a falta de resposta adequada de meios técnicos e profissionais, que não são disponibilizados nas escolas pelo Ministério da Educação. Quantos rostos, quantos nomes de alunos se apagam na indiferença e no esquecimento imposto pelos silêncios que normalmente imperam nestes processos.
Prevenir as situações de institucionalização, fomentando alternativas, tal como nos é sugerido no texto “Evitar a institucionalização” é um arrojado desafio, mas valia a pena debater na sociedade e nas escolas, para que houvesse mais sensibilidade na aposta do caminho que encare tais processos, cm último recurso e de duração temporária. Desta forma as comunidades escolares não cortavam laços com estas crianças e adolescentes, porque independentemente de na generalidade dos casos, serem desprovidos de meio familiar, como também é dito “não merecem menos do que quaisquer outras crianças”.
José Lopes (Ovar)
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