sexta-feira, 6 de junho de 2008

As cruzes dos professores


"O socialismo travesti à Blair, Gordon e Sócrates deram livre curso à caça aos professores, aumentaram exponencialmente a carga horária semanal, multiplicaram as funções, inundaram as escolas de burocracia, congelaram os salários e criaram obstáculos administrativos à progressão na carreira. Não admira que a profissão docente tenha deixado de ser atractiva. Os jovens fogem dela como o diabo da cruz." (No blogue ProfAvaliação)


Abandono, insucesso? Deixa-me rir

Ouvir a ministra da educação tentar passar a imagem de que se preocupa com o abandono e o insucesso escolar é como ouvir o diabo citar as escrituras.
Não é que estas duas feridas crónicas do sistema de ensino português, de que o seu governo é o maior responsável, não mereçam reflexão e ser ultrapassadas urgentemente. Mas como, com quem, que medidas?

Pode alguém ser levado a sério… quando ao mesmo tempo
- impõe leis de retenção dos professores e professoras a meio da carreira, que impedem o progresso profissional ( o sucesso!) da maioria, através de uma política repressiva de quotas e castigos?
- persegue e leva ao “abandono” da profissão professoras e professores mais velhos, tantas vezes com carreiras brilhantes de dedicação e generosidade ao serviço público, empurrados para a reforma, chantageados com as novas regras da aposentação, subtraindo-lhes parte substancial do seu salário, dos seus direitos que faziam parte do seu contrato de trabalho que assinaram com o estado?

Jaime Pinho

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