A Federação Nacional de Professores (Fenprof) denunciou hoje o aumento da precariedade nesta classe profissional, reclamando a abertura de um novo concurso, no próximo ano, para a entrada de docentes no quadro.
Segundo o responsável da Fenprof, Mário Nogueira, que hoje participou numa acção de sensibilização sobre este assunto, frente ao Ministério da Educação em Lisboa, apenas 396 professores entraram no quadro este ano, mas as escolas continuam a precisar de docentes.
O sindicalista apontou alguns números para ilustrar a situação: houve zero vagas para o quadro da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, mas o ministério teve de contratar mais de 300 educadores e quase 900 professores do 1.º ciclo. O mesmo aconteceu com a Matemática e a Ciência do 2.º ciclo, disciplinas que não tiveram novos professores no quadro, sendo posteriormente contratados 900 docentes.
Para Mário Nogueira, a justificação do Governo é apenas "economicista". "O Governo não abriu vagas no quadro porque sai mais barato [contratar]. Não é porque não sejam precisos professores, é porque, sendo contratados, não têm direito a uma carreira", acusou.
O dirigente da Fenprof reclamou um novo concurso já no próximo ano, e não apenas em 2013, como está previsto, mas a tutela rejeita esta possibilidade, sublinhando que foram as escolas que definiram as vagas, de acordo com as suas necessidades.
"Houve um processo de identificação das necessidades dos quadros feitas pelas escolas e foi com base nessas propostas que foram feitos os quadros", explicou aos jornalistas o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, após a acção dos sindicatos em frente ao ministério.
A Fenprof calcula que cerca de 35 mil professores estejam no desemprego (dos quais 20 mil ainda à espera de colocação), mas o ministério não confirma os dados.
"Esses números são apontados pelos sindicatos todos os anos. Muitos destes professores nunca exerceram, são candidatos à profissão. Não se podem inventar colocações nem vagas", reagiu Jorge Pedreira, sem avançar com números oficiais.
O governante garantiu que o número de professores por colocar "é residual" e que os docentes necessários estarão todos colocados no início do ano lectivo. "Não há escolas sem professores", assegurou o secretário de Estado.
Para a Fenprof, no entanto, as contratações estão abaixo do que se verificou no ano passado. "O anúncio da maior contratação de sempre feito pelo Governo é mentira", acusou Mário Nogueira, referindo que foram feitas, até agora, apenas 15.125 contratações, face às 17.238 realizadas em 2008, e realçando que se reformaram cinco mil professores no ano passado.
Uma das prioridades da Fenprof para a próxima legislatura é "devolver a estabilidade" à classe docente. Os sindicatos realizam hoje acções de sensibiização em todas as capitais de distrito para distribuir à população 150 mil panfletos que denunciam a precariedade e o desemprego entre os professores.
Notícia da Lusa
Lê também este comunicado da Fenprof
Segundo o responsável da Fenprof, Mário Nogueira, que hoje participou numa acção de sensibilização sobre este assunto, frente ao Ministério da Educação em Lisboa, apenas 396 professores entraram no quadro este ano, mas as escolas continuam a precisar de docentes.
O sindicalista apontou alguns números para ilustrar a situação: houve zero vagas para o quadro da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, mas o ministério teve de contratar mais de 300 educadores e quase 900 professores do 1.º ciclo. O mesmo aconteceu com a Matemática e a Ciência do 2.º ciclo, disciplinas que não tiveram novos professores no quadro, sendo posteriormente contratados 900 docentes.
Para Mário Nogueira, a justificação do Governo é apenas "economicista". "O Governo não abriu vagas no quadro porque sai mais barato [contratar]. Não é porque não sejam precisos professores, é porque, sendo contratados, não têm direito a uma carreira", acusou.
O dirigente da Fenprof reclamou um novo concurso já no próximo ano, e não apenas em 2013, como está previsto, mas a tutela rejeita esta possibilidade, sublinhando que foram as escolas que definiram as vagas, de acordo com as suas necessidades.
"Houve um processo de identificação das necessidades dos quadros feitas pelas escolas e foi com base nessas propostas que foram feitos os quadros", explicou aos jornalistas o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, após a acção dos sindicatos em frente ao ministério.
A Fenprof calcula que cerca de 35 mil professores estejam no desemprego (dos quais 20 mil ainda à espera de colocação), mas o ministério não confirma os dados.
"Esses números são apontados pelos sindicatos todos os anos. Muitos destes professores nunca exerceram, são candidatos à profissão. Não se podem inventar colocações nem vagas", reagiu Jorge Pedreira, sem avançar com números oficiais.
O governante garantiu que o número de professores por colocar "é residual" e que os docentes necessários estarão todos colocados no início do ano lectivo. "Não há escolas sem professores", assegurou o secretário de Estado.
Para a Fenprof, no entanto, as contratações estão abaixo do que se verificou no ano passado. "O anúncio da maior contratação de sempre feito pelo Governo é mentira", acusou Mário Nogueira, referindo que foram feitas, até agora, apenas 15.125 contratações, face às 17.238 realizadas em 2008, e realçando que se reformaram cinco mil professores no ano passado.
Uma das prioridades da Fenprof para a próxima legislatura é "devolver a estabilidade" à classe docente. Os sindicatos realizam hoje acções de sensibiização em todas as capitais de distrito para distribuir à população 150 mil panfletos que denunciam a precariedade e o desemprego entre os professores.
Notícia da Lusa
Lê também este comunicado da Fenprof
Sem comentários:
Enviar um comentário