O exame nacional de Matemática do 9º ano realizou-se no dia 18 de Junho, sexta-feira passada.
A “questão nº 10.3” dava o exemplo de Laura: tinha ido trabalhar, tinha de viajar de autocarro porque morava longe. Os tons utilizados para caracterizar o contexto eram de festa, férias, arraiais de Verão. De distracção.
É provável que os milhares de Lauras e Tiagos de 15 e 16 anos de idade que fizeram este exame não tenham relacionado com a vida real um “dado” do exercício. A saber, o preço de cada hora de trabalho de Laura sugerido por este exame vindo do ministério da educação.
Não sabemos a idade de Laura, nem as habilitações, nada sobre a entidade patronal.
O que parece estranho é o preço da hora de trabalho pago a Laura. No caso, presume-se, trabalho de balcão: um biscate.
Agora que o exame já passou talvez haja tempo para fazer um exercício extra. Se, como afirma o exame, Laura ganhava 1,5 euros /hora, qual o ordenado mensal que ganharia, considerando um horário de 7 ou 8 horas por dia, 22 dias úteis por mês?
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