quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O barato sai caro


O governo nunca esteve interessado num verdadeiro e rigoroso modelo de avaliação de docentes, mas sim numa avaliação punitiva e amarrada à progressão na carreira para poder poupar em salários e na formação.

Nunca esteve interessado em pensar de forma responsável a carreira dos professores, mas sim em cortá-la ao meio para poupar em salários ou, como propõe agora, em limitar vagas nas subidas de escalão para, outra vez, poupar em salários.

O governo nunca esteve interessado em garantir a estabilização profissional de milhares de docentes que são precários há mais de dez anos. Porque, está visto, tamanha ousadia custaria muito em salários no futuro.

O governo nunca esteve interessado em combater convictamente o insucesso escolar preferindo mascará-lo com fantasias matemáticas. É claro que menos alunos por turma, mais psicólogos e assistentes sociais, manuais escolares gratuitos, tudo isso custa mais dinheiro ao Estado.

Poupar assim na Educação vai sair bem caro no futuro. Mas este PS não ouve do lado esquerdo. Pior, a sua filosofia economicista nos serviços públicos contrasta com a prática esbanjadora quando se trata de acudir aos bancos privados.

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