De um lado o partido da banca e dos offshores, do outro o partido que vai das grandes empresas da construção civil até aos sucateiros (sem descurar a banca). Eis o bloco central dos negócios, o rotativismo perfeito, a alternância dos interesses...
Os verdadeiros contornos do actual negócio contra os professores, só serão conhecidos se um dia, uma qualquer escuta, a propósito de um qualquer outro caso, revelar os pormenores da transacção PS-PSD, o toma lá... dá cá.
Neste como noutros casos, outros valores mais altos se levantam. Por isso, o PSD não hesita em rasgar o seu programa eleitoral que defendia explicitamente a suspensão do actual modelo de avaliação dos professores. Dizia o programa, com o título curioso de "Compromisso de Verdade", que:
"Suspenderemos, porém, o actual modelo de avaliação dos professores, substituindo-o por outro"
Os professores "distraídos" que votaram PSD, pensando que assim apoiariam uma alternativa à política de José Sócrates, podem a pouco mais de dois meses do acto eleitoral constatar que foram enganados.
O Governo de Sócrates criou e agravou um conflito com os professores e, nesta altura, a única saída digna é suspender de imediato o modelo de avaliação e iniciar uma negociação séria com os sindicatos para purgar o Estatuto da Carreira docente das normas injustas e perversas, devolvendo às escolas as condições necessárias para o cabal exercício da profissão docente, em benefício dos alunos e suas famílias.
Agora que vivemos um momento de negociação, nunca devemos esquecer que foi a mobilização e a luta dos professores uma das grandes responsáveis pelo fim da maioria absoluta de Sócrates. E será sempre essa capacidade de luta e mobilização, o garante de que as negociatas de bastidores não derrotarão os legítimos anseios dos professores na defesa da escola pública.
Álvaro Arranja
Os verdadeiros contornos do actual negócio contra os professores, só serão conhecidos se um dia, uma qualquer escuta, a propósito de um qualquer outro caso, revelar os pormenores da transacção PS-PSD, o toma lá... dá cá.
Neste como noutros casos, outros valores mais altos se levantam. Por isso, o PSD não hesita em rasgar o seu programa eleitoral que defendia explicitamente a suspensão do actual modelo de avaliação dos professores. Dizia o programa, com o título curioso de "Compromisso de Verdade", que:
"Suspenderemos, porém, o actual modelo de avaliação dos professores, substituindo-o por outro"
Os professores "distraídos" que votaram PSD, pensando que assim apoiariam uma alternativa à política de José Sócrates, podem a pouco mais de dois meses do acto eleitoral constatar que foram enganados.
O Governo de Sócrates criou e agravou um conflito com os professores e, nesta altura, a única saída digna é suspender de imediato o modelo de avaliação e iniciar uma negociação séria com os sindicatos para purgar o Estatuto da Carreira docente das normas injustas e perversas, devolvendo às escolas as condições necessárias para o cabal exercício da profissão docente, em benefício dos alunos e suas famílias.
Agora que vivemos um momento de negociação, nunca devemos esquecer que foi a mobilização e a luta dos professores uma das grandes responsáveis pelo fim da maioria absoluta de Sócrates. E será sempre essa capacidade de luta e mobilização, o garante de que as negociatas de bastidores não derrotarão os legítimos anseios dos professores na defesa da escola pública.
Álvaro Arranja
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