terça-feira, 25 de maio de 2010

Ensino bilingue e escola inclusiva


Chegam de várias partes do mundo ou são filhos de pais imigrantes e que nasceram em Portugal. As escolas abrem as portas e ensinam-lhes português e idiomas que ouvem em casa.

É o segundo ano do projecto e as crianças já se desenrascam no crioulo. A segunda classe da Escola Básica do 1.º ciclo do Vale da Amoreira, perto da Moita, tem uma hora de cabo-verdiano por dia. Vinte e cinco alunos já pronunciam várias palavras no idioma estranho ou nem por isso. Metade já tinha contacto com a língua, a outra metade aprende-a pela primeira vez. E quando não se sabe, pergunta-se para tirar as dúvidas. Ana Josefa, cabo-verdiana, professora de Português na EB 2,3 do Vale da Amoreira, dedica cinco horas por semana ao crioulo. "A base são os conteúdos de Estudo do Meio", adianta. E as crianças já lêem, escrevem e falam crioulo. A maioria nasceu em Portugal mas tem diferentes ascendências. De Cabo Verde, Guiné, Angola, Marrocos. "É importante para os alunos que vêem a sua língua materna valorizada na escola", sublinha Ana Josefa.

O projecto Turma Bilingue terá a duração de quatro anos, está portanto a meio caminho, e é coordenado pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional, com o apoio da Fundação Gulbenkian. O objectivo é que no final do tempo estipulado se perceba se houve ou não benefícios em ter uma turma bilingue, do 1.º ao 4.º ano do 1.º ciclo. Os alunos têm várias tarefas para cumprir. Durante a aula, traduzem textos para português, aprendem a matéria de Estudo do Meio. Integração e aprendizagem lado a lado numa escola com uma grande incidência de alunos imigrantes, alguns dos quais, chegam a meio do ano lectivo.

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