segunda-feira, 10 de maio de 2010

Testemunhos de uma causa justa: primeira leva


A petição promovida pelo Movimento Escola Pública pela redução do número máximo de alunos/as por turma e por professor/a já ultrapassou as 12 mil assinaturas. Contamos poder entregá-la na Assembleia da República no final do mês de Maio. Entretanto, iniciamos a partir de hoje uma série de comentários ou testemunhos de quem vai juntando a sua voz a esta causa justa. Aqui fica a primeira leva:

Sou Assistente Operacional e dou apoio a duas salas de Jardim de Infância, o que dificulta o meu trabalho pois acabo por dar mais apoio a nível de casa de banho e não consigo ajudar as Educadoras nas actividades de sala o que se torna prejudicial para todos, principalmente para as crianças. Em relação ao número de alunos por sala, penso que não deveriam ultrapassar os 15, pois quantos mais forem, menos apoio individualizado lhes poderá ser prestado e portanto o seu desenvolvimento será afectado. Antes das leis serem feitas, deveriam analisar bem as situações, pois as crianças de hoje, serão o futuro do nosso país amanhã, por isso a sua educação deve ser a prioridade dos nossos governantes.

Maria Carvalho

Como professora deparo-me muitas vezes com a dificuldade de responder de forma eficaz às necessidades específicas de alguns dos meus alunos devido ao elevado número de alunos da turma. Penso que esta petição tem toda a razão de acontecer e merece uma adesão em massa de todos os que se preocupam com a aprendizagem na escola.

Aida Paula de Sousa

Estou numa sala com 23 crianças dos 3 aos 6 anos, uma das quais com NEE de carácter prolongado, Síndrome de Angelman. É difícil falar de inclusão, assim desta forma, uma vez que quando estou a trabalhar com a criança NEE, tenho que deixar as outras 22 a trabalhar sozinhas

Isabel Guedes

Tenho 2 filhos que frequentam o ensino público e deparo-me com este problema relativamente ao que anda no 7º ano. O que anda no 1º ano tem a sorte de ter uma turma com 20 meninos, até ver.

Teresa Fernandes

Espero que este sonho se concretize e que se possam criar, finalmente, as necessárias condições de trabalho, quer para os professores, quer para os alunos, em prol da qualidade do ensino e da aprendizagem. Assim começa o combate à iliteracia...

Elsa da Silva

Tenho um filho na escola e efectivamente, a redução, seria a boa solução visando aumentar a capacidade de aprendizagem e melhor produtividade.

Jorge Rodrigues

As minhas turmas têm quase 30 alunos, deste modo não há condições para os poder preparar melhor, para poder fazer um ensino mais individualizado...

Sandra Dinis

É evidente que esta posição remete para uma outra, o da necessidade de cada professor de matemática, F.Q, Biologia/Geologia e língua, estrangeira ou não, ter no máximo 45 alunos. As vantagens são enormes: poder fazer um acompanhamento do aluno mais personalizado, correcção dos trabalhos, exercícios e testes formativos ou não de imediato, alertando os alunos para os erros, a falta de atenção e de trabalho e até tirar-lhes as dúvidas. Também e relacionado com esta proposta pediria que os professores fizessem das suas horas lectivas na escola o tempo necessário para prepar as suas aulas, para tirar dúvidas aos alunos, e para corrigir os trabalhos ou testes dos alunos porque o alerta ou o estímulo aos alunos perante os erros ou a superação das suas dificuldades no imediato, ajuda-os na sua aprendizagem.

António Afonso

Considero que 19 crianças no Jardim-de-Infância ainda é um número muito elevado - o ideal seria grupos de 15, no máximo 16 crianças, para o educador ter possibilidade de responder com eficácia às necessidades de cada uma.

Lúcia da Silveira

Eu sou professora e tenho 8 turmas (200 alunos) e uma Direcção de Turma. Impossível fazer um ensino personalizado/individualizado, atendendo às dificuldades e ao ritmo de cada aluno!

Helena Luisa Pereira

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