terça-feira, 19 de outubro de 2010

Falta de recursos humanos para apoiar alunos: denúncia


O meu filho entrou em Setembro, no 1º ano, numa escola pública, (a privada não é uma alternativa, por não existir) no interior do país - Oliveira do Hospital, pertencente ao distrito de Coimbra.
Foi inserido numa turma com 16 meninos. No dia de apresentação, no início do ano lectivo, apareceu mais uma menina. A turma ficou com 17 alunos.
Destes alunos, uma menina tem necessidades educativas especiais (não consegue estar sentada; o dia dela é passado a entrar e sair da sala de aula), um menino tem apoio especial e outra menina tem uma doença crónica a nível pulmonar, o que a obriga a fazer “máscara” de 3 em 3 horas, perdendo neste processo cerca de ½ hora várias vezes ao dia. Além destas situações tem, como era de prever nesta fase, meninos indisciplinados, que talvez se deva à imaturidade.
A esta turma foi atribuída a professora da turma, uma professora de apoio especial para o menino, que se prende com questões relacionadas com terapia da fala (nada de transcendente) e uma professora para a menina com n.e.e., 4 horas por semana. À menina com doença crónica, não lhe foi atribuído qualquer espécie de apoio.
A professora da turma, como é de prever, pois é humanamente impossível, não consegue chegar a todos os alunos.
A escola tem perto de 200 alunos e tem 3 auxiliares, com os turnos que lhes estão atribuídos.  Uma auxiliar está, por iniciativa da escola, afecta, em parte, à menina com doença crónica, restando, assim, 2 auxiliares para toda a escola.

A minha pergunta é a seguinte:
Como é que se pode falar de sucesso escolar, numa turma com estas características e com estes meios disponíveis?

Susana Menezes

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