sábado, 23 de outubro de 2010

Para reflectir…e agir


(…)Se é verdade que o roubo nominal nos salários, por via da redução imposta pelo OE, se aplica aos salários a partir de 1500€, não é menos verdade que quem vai ser mais espoliado por esta orientação política do governo são os professores contratados, que à situação de precariedade em que viviam até agora terão que acrescentar um horizonte de desemprego a partir do próximo ano lectivo.(…)

Francisco Santos, em (Re)Flexões

(…) Todos sabem que, do ponto de vista da avaliação da qualidade do trabalho desenvolvido por cada escola, os rankings publicados valem zero. Todos sabem. Mas, ano após ano, os jornais publicam-nos. É uma boa maneira de vender papel? É, sem dúvida. Há alguma seriedade nisto? Não descortino nenhuma. Vende-se o papel e vende-se a ilusão de que se está a revelar uma informação objectiva. Mas o que se está a vender é mais um faz-de-conta, que se junta a tantos outros faz-de-conta em que este país vive. Neste caso, é o faz-de-conta de que avaliamos a qualidade das escolas através de um ranking.(…)

Mário Carneiro, em “O Estado da Educação”

(…) Falo do enterro da Área de Projecto, que desde o início andava moribunda, e que grande parte dos professores se encarregou de desvalorizar primeiro, para mais tarde liquidar. Ao mesmo tempo que agrada a quem sempre achou preferível dar mais tempo às disciplinas consideradas “nobres” e sempre achou que a integração de saberes é uma inutilidade, o governo irá poupar uns tostões com a eliminação dos pares pedagógicos que leccionavam a AP no 2º ciclo. De caminho pensa também conquistar o coração dos pais cuja principal preocupação é o diploma.(…)

Francisco Santos, em (Re)Flexões

(…)É bom que não se reeditem invejas antigas. Ex-titulares contra relatores, jovens sem redução da componente lectiva contra menos jovens com essa redução, aderentes da farsa da avaliação ou da gestão contra resistentes inabaláveis e por aí adiante. Todos, mas todos, terão a perder se o balão da contestação não voltar a encher. A resistência é tão justa como antes.(…)

Paulo Prudêncio, Correntes

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