sábado, 14 de novembro de 2009

Urge Clarificar



Isabel Alçada: Quem não entregou elementos de avaliação não será avaliado



A ministra da Educação, Isabel Alçada, afirmou hoje, sábado, que os professores que não entregaram os elementos de avaliação não serão avaliados, acrescentando que "não se trata de uma questão de penalização",
Durante uma visita a uma escola secundária recuperada, nos Olivais, em Lisboa, a comunicação social perguntou à ministra da Educação se aceita a proposta de não penalização dos professores que não aderiram ao modelo de avaliação em vigor.
"Os professores que entregaram elementos para a avaliação serão todos avaliados. É essa a nossa perspectiva e é essa a indicação que clarificaremos com as escolas, com os sindicatos, com as organizações representativas", afirmou Isabel Alçada aos jornalistas.
Interrogada se os professores que não entregaram esses elementos serão penalizados, a ministra da Educação respondeu: "Não é uma questão de penalização. Quem não entregou os elementos para a avaliação naturalmente sabe que não pode ser avaliado. Não é uma questão de penalização, é uma questão de regra".
"A lei é assim e, portanto, quem não se submeteu a um processo de avaliação, naturalmente, não será avaliado. É isto", acrescentou Isabel Alçada.
Por outro lado, questionada sobre a exequibilidade de se aprovar um novo modelo de avaliação e acabar com a divisão da carreira entre professores titulares e não titulares no prazo de 30 dias, como propõe o PSD, a ministra sublinhou que está em curso um processo negocial que não depende só de si.
"Este é um processo que exige vários parceiros, portanto, nós podemos comprometer-nos a trabalhar com celeridade no Ministério da Educação, depois a negociação com os parceiros será da forma natural como estas coisas sempre decorrem", afirmou.
In JN


Urge clarificar o que se entende por elementos de avaliação. É sobejamente conhecido que muitos Professores não entregaram objectivos individuais. Se bem entendemos alguma coisa do que foi a trapalhada legislativa do (des)Governo anterior, nas situações em que não foram definidos objectivos individuais, por parte dos Docentes, estes deveriam ser fixados pelo respectivo Órgão de Gestão da sua escola. Estamos em crer que todos os Professores fizeram a sua auto-avaliação. Era obrigatória e tal estava claríssimo na Lei. Sabemos que alguns foram impedidos de o fazer pelo então recem colocado Director, num claro desrespeito pela lei, não dos Docentes mas do próprio Director.
Chegou-nos a informação que alguns Directores não querem avaliar os Professores que não entregaram OIs.
Em que ficamos? Não podemos continuar a admitir que não haja uma uniformização de critérios a adoptar em todas as escolas. Que a dita autonomia das escolas sirva apenas para semear a confusão, a desigualdade e a injustiça. Coisas há que deviam ser assumidas, claramente, pelo Ministério da Educação, de forma a impedir que situações como estas ocorram. Um Estado de Direito devia assegurar a igualdade de tratamento para todos e todas.

1 comentário:

Maria Eduarda Luz disse...

Para que seja possível a “pacificação” nas escolas este modelo de Avaliação deve ser rapidamente destruído e considerado sem efeito (para todos os efeitos).
Não substituir a palavra suspender por construir, como referiu Roberto e Júlio Pedrosa, porque é como construir num terreno minado.
Concordo com a declaração de José Manuel Canavarro:” Quanto à suspensão da actual avaliação dos docentes, o ex- -secretário de Estado defende que “seria melhor neutralizar os efeitos do modelo anterior” . Sobretudo há que salvaguardar um princípio, sublinha: “Aquilo que ficou para trás ou conta igual para todos ou não conta para ninguém.”
Se não fosse a coragem de muitos professores que lutaram até ao fim, sem medo das consequências, não teríamos chegado a este patamar da luta com a Oposição a nos defender em bloco e à beira de conseguirmos a revisão de ECD, que sempre defendi como o ponto fulcral da nossa luta.
Penso que se em muitas escolas os professores avaliados com Excelente e Muito Bom se manifestassem a favor da “destruição completa” do modelo o Governo ficaria completamente isolado

Maria Eduarda Luz