O ano lectivo que se aproxima vai pôr a escola pública a prémio e o cutelo sobre os professores, que são o seu rosto.Assobiando para o lado aos principais problemas (quarenta mil professores no desemprego, abandono escolar, insucesso, condições deficientes de trabalho e de estudo, falta de recursos humanos especializados, programas e organização dos tempos na escola, défice de participação), o governo de Sócrates vai fazer de conta que é moderno à conta da avaliação e da gestão.
A escola sem pessoas e dos resultados a pontapé e à martelada é a avaliação moderna de Sócrates. A escola barata e refém dos poderzinhos locais é a sublime modernidade socrática.
Mas há escolas que resistiram e resistem. Há professores e professoras dentro de escolas alinhadas que resistem. Há professores e professoras que recusaram os novos poderes. Há outros que constituíram equipas fortes e que estarão nos conselhos gerais transitórios, certos de que esta é a sua aposta na resistência e na alternativa.
O Movimento Escola Pública solidariza-se com todos e todas os que resistiram e resistem e mantém as portas abertas à divulgação e à discussão de todas as formas de luta.
Sem a continuidade da resistência, do desmascarar da pantominice do modelo de avaliação, da procura de alternativas, o próximo ano lectivo pode representar uma machadada sem retorno na Escola Pública.
Quando cada professor ou professora for obrigad@ a preencher o quadradinho da percentagem de sucesso, ou o quadradinho da percentagem de alunos que não abandonaram a escola, e deixar que alguém lhe dê, pela percentagem, uma classificação, está a dizer ao governo, "mea culpa".
Quando cada escola aceitar, ou fechar os olhos à pressão para o sucesso burocrático, está a dar uma boa razão ao PP e várias ao PS. Quando cada professor ou professora for obrigad@ a ser fiscalizad@ e classificad@ por colegas que, nem são mais competentes, nem tiveram direito a formação adequada e suficiente para o efeito, está a dizer aos seus alunos que a avaliação é uma fantochada.
Mas se Sócrates, sem gastar nada, e poupando muito, conseguir que cada professor(a) assuma individualmente que o insucesso e o abandono são problemas seus, e que apenas por si mesmo (a) os pode resolver, bem pode o Primeiro agarrar a Ministra, e pô-la a papaguear: é tudo culpa dos professores, faltosos e incompetentes.
2008-2009 vai ser o ano de todas as lutas, mas esta é a linha de fronteira entre a dignidade da Escola Pública e d@s professor@s e a total falta dela. Entre a confiança que todos(as) podemos e precisamos ter na Escola Pública e a falta de garantias dos poderes públicos na qualidade da educação a que toda a gente tem direito, pela Constituição que ainda vigora.
A escola sem pessoas e dos resultados a pontapé e à martelada é a avaliação moderna de Sócrates. A escola barata e refém dos poderzinhos locais é a sublime modernidade socrática.
Mas há escolas que resistiram e resistem. Há professores e professoras dentro de escolas alinhadas que resistem. Há professores e professoras que recusaram os novos poderes. Há outros que constituíram equipas fortes e que estarão nos conselhos gerais transitórios, certos de que esta é a sua aposta na resistência e na alternativa.
O Movimento Escola Pública solidariza-se com todos e todas os que resistiram e resistem e mantém as portas abertas à divulgação e à discussão de todas as formas de luta.
Sem a continuidade da resistência, do desmascarar da pantominice do modelo de avaliação, da procura de alternativas, o próximo ano lectivo pode representar uma machadada sem retorno na Escola Pública.
Quando cada professor ou professora for obrigad@ a preencher o quadradinho da percentagem de sucesso, ou o quadradinho da percentagem de alunos que não abandonaram a escola, e deixar que alguém lhe dê, pela percentagem, uma classificação, está a dizer ao governo, "mea culpa".
Quando cada escola aceitar, ou fechar os olhos à pressão para o sucesso burocrático, está a dar uma boa razão ao PP e várias ao PS. Quando cada professor ou professora for obrigad@ a ser fiscalizad@ e classificad@ por colegas que, nem são mais competentes, nem tiveram direito a formação adequada e suficiente para o efeito, está a dizer aos seus alunos que a avaliação é uma fantochada.
Mas se Sócrates, sem gastar nada, e poupando muito, conseguir que cada professor(a) assuma individualmente que o insucesso e o abandono são problemas seus, e que apenas por si mesmo (a) os pode resolver, bem pode o Primeiro agarrar a Ministra, e pô-la a papaguear: é tudo culpa dos professores, faltosos e incompetentes.
2008-2009 vai ser o ano de todas as lutas, mas esta é a linha de fronteira entre a dignidade da Escola Pública e d@s professor@s e a total falta dela. Entre a confiança que todos(as) podemos e precisamos ter na Escola Pública e a falta de garantias dos poderes públicos na qualidade da educação a que toda a gente tem direito, pela Constituição que ainda vigora.
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