Sobre o post de CCarujo “um conto que não encanta” (7 de Fevereiro) – uma narrativa sobre a dívida externo do designado terceiro mundo, dívida tão cara aos Bretton Wood e a todo o capitalismo internacional, e a propósito da campanha “Quien debe a quien?”, seria complementar recordar o discurso do antigo embaixador mexicano Cuatemoc, num encontro de chefes de estado, em Madrid, no ano de 2002.
No seu pressuposto, demonstrava, de forma magistral e do fundo de uma ancestral sabedoria índia, a demência e a irracionalidade dos conceitos capitalistas.
O que fizeram os países "descobridores", os países portadores da tão iluminada cultura ocidental, dos milhões de quilos de metais preciosos tirados das Américas e que inundaram a Europa, reforçando a arrancada do capitalismo moderno? Questionava Cuatemoc.
Reproduziram essa riqueza que não consideram um saque (logo, só pode ser um empréstimo sem o consentimento do dono) e estarão, hoje, dispostos a pagar os devidos juros desse antigo acto fiduciário que a história ainda não cobrou?
As contas estão feitas. O ex embaixador informava… "devem-nos 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata", que, se elevado à potência de 300 (300 anos), será "um número para cuja expressão total, será necessário expandir o planeta Terra."
Parece ficção? Claro, os tais ""descobridores" olham para isto como uma metáfora, um malabarismo "terceiro-mundista". Certamente. Pois não são eles que farão o resgate da liberdade.
A problemática da dívida externa constitui-se num arrazoado improvável para a justificação da nulidade das dívidas externas dos países pobres, ou em desenvolvimento, sujeitos à relação de forças, no quadro jurídico internacional.
Sabemos que a questão da dívida não se reduz apenas às relações internacionais contemporâneas, é um problema histórico, político, social, ecológico, através do qual os povos do Sul vêem saqueados, amputados, os seus recursos e a autonomia do seu desenvolvimento.
Há uma dívida histórica para com os países do Sul e a anulação da actual dívida externa desses países constituiria uma primeira reparação pelos prejuízos e sofrimentos causados, ao longo da história.
Mas a anulação da "odiosa" dívida representaria pôr em causa os condicionamentos económicos, os programas de ajustamento à finança global, a liberdade dos países contra o flagelo das suas comunidades. Seria ganhar a história.
Só que, pela história, combate-se.
Aqui deixamos um contributo, que se pode utilizar na escola
O que fizeram os países "descobridores", os países portadores da tão iluminada cultura ocidental, dos milhões de quilos de metais preciosos tirados das Américas e que inundaram a Europa, reforçando a arrancada do capitalismo moderno? Questionava Cuatemoc.
Reproduziram essa riqueza que não consideram um saque (logo, só pode ser um empréstimo sem o consentimento do dono) e estarão, hoje, dispostos a pagar os devidos juros desse antigo acto fiduciário que a história ainda não cobrou?
As contas estão feitas. O ex embaixador informava… "devem-nos 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata", que, se elevado à potência de 300 (300 anos), será "um número para cuja expressão total, será necessário expandir o planeta Terra."
Parece ficção? Claro, os tais ""descobridores" olham para isto como uma metáfora, um malabarismo "terceiro-mundista". Certamente. Pois não são eles que farão o resgate da liberdade.
A problemática da dívida externa constitui-se num arrazoado improvável para a justificação da nulidade das dívidas externas dos países pobres, ou em desenvolvimento, sujeitos à relação de forças, no quadro jurídico internacional.
Sabemos que a questão da dívida não se reduz apenas às relações internacionais contemporâneas, é um problema histórico, político, social, ecológico, através do qual os povos do Sul vêem saqueados, amputados, os seus recursos e a autonomia do seu desenvolvimento.
Há uma dívida histórica para com os países do Sul e a anulação da actual dívida externa desses países constituiria uma primeira reparação pelos prejuízos e sofrimentos causados, ao longo da história.
Mas a anulação da "odiosa" dívida representaria pôr em causa os condicionamentos económicos, os programas de ajustamento à finança global, a liberdade dos países contra o flagelo das suas comunidades. Seria ganhar a história.
Só que, pela história, combate-se.
Aqui deixamos um contributo, que se pode utilizar na escola
fernanda Queirós
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