Quem resiste a ficar indiferente ao rumo do estado da educação e não se deixa iludir com toda a espampanante propaganda da governação Sócrates no capitulo da escola pública, e das afrontas a que foi sujeita, criando clima de crispação nas comunidades educativas que a simples mudança de Ministra não atenua de forma tranquilizadora, não pode deixar de sublinhar as inquietações de duas vozes, que em entrevistas na imprensa no fim-de-semana não escamotearam as suas preocupações sobre a educação.
Se o filósofo/ensaísta José Gil em entrevista ao Jornal de Noticias de 14/03/2010, sobre se a escola pública não está a fazer o seu papel, é peremptório - “Não está a fazer o seu papel porque os responsáveis desde há muitos anos, não é só os cinco anos da primeira legislatura de Sócrates, não se importaram suficientemente”. Considera mesmo que nunca foi uma prioridade, “…apesar de ter sido uma paixão de Guterres” e chamar ainda atenção para a necessidade de ser reposta a “autoridade dos professores, a autoridade que vem do saber” que diz ser “fundamental na escola”.
Outra voz, como Carlos Fiolhais, cientista e director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra assume-se critico em entrevista á Noticias Magazine de 14/03/2010, porque cm afirma, “Há coisas que me indignam e nos deviam indignar a todos. Se exprimo publicamente a minha critica é para ver mais gente indignada ao meu lado” e assim não esconde a sua inquietação sobre o ensino de português, “Temos uma formação que deixa muito a desejar e não nos prepara devidamente para a vida. E não tem de ser assim. A boa escola é algo que estamos a dever a nós mesmos. Se queremos futuro, temos de apostar na escola, que é a instituição que a humanidade inventou – e já foi há muitos anos – para nos garantir o futuro. Se não temos um futuro melhor é porque não o estamos a promover na escola”. Sobre o futuro também José Gil curiosamente neste mesmo dia, manifesta preocupação no plano da educação, “Porque acredito que é por aí que este país se pode salvar e que pode mudar mesmo”.
Defensor de mais poder dos professores na escola, Fiolhais, lamenta o tempo que se perdeu e se perde e acredita que a escola pode melhorar, mas “…isso faz-se pelo exemplo, por procurar e premiar as melhores práticas, por recompensar mais do que punir. É preciso valorizar a criatividade. O que eu gostava de ver era uma escola mais aberta, fora do espartilho do governo. Neste momento, a escola está refém do Ministério da Educação”. Considera mesmo que a máquina ministerial condiciona a criatividade de alunos e professores, que diz serem “…a chave do sucesso da escola. Diminuir o papel dos professores foi o pior que se podia ter feito. Portanto, tudo o que possamos fazer para valorizar este papel, para lhes dar importância e autoridade, é útil.
Há uma palavra que não se tem usado muito em Portugal e que se devia usar mais (o Ministério da Educação, então, foge dela como o diabo da cruz), que é ensinar. A escola é um sítio onde se ensina. Claro que também é um sítio onde se aprende, mas para aprender é preciso que se ensine. Quase tudo aquilo que sei foi porque alguém me ensinou. A partir de certa altura já fui capaz de aprender por mim próprio, mas devo muito à escola e aos meus professores. Porque é que os jovens de agora não hão-de poder dizer o mesmo? Estamos a desviar-nos do essencial e o essencial é preparar para a vida. Não estaremos a alienar os nossos jovens da capacidade de saber mais, de decidir, que não devia ser apenas de alguns, mas de todos?”.
José Lopes (Ovar)
Se o filósofo/ensaísta José Gil em entrevista ao Jornal de Noticias de 14/03/2010, sobre se a escola pública não está a fazer o seu papel, é peremptório - “Não está a fazer o seu papel porque os responsáveis desde há muitos anos, não é só os cinco anos da primeira legislatura de Sócrates, não se importaram suficientemente”. Considera mesmo que nunca foi uma prioridade, “…apesar de ter sido uma paixão de Guterres” e chamar ainda atenção para a necessidade de ser reposta a “autoridade dos professores, a autoridade que vem do saber” que diz ser “fundamental na escola”.
Outra voz, como Carlos Fiolhais, cientista e director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra assume-se critico em entrevista á Noticias Magazine de 14/03/2010, porque cm afirma, “Há coisas que me indignam e nos deviam indignar a todos. Se exprimo publicamente a minha critica é para ver mais gente indignada ao meu lado” e assim não esconde a sua inquietação sobre o ensino de português, “Temos uma formação que deixa muito a desejar e não nos prepara devidamente para a vida. E não tem de ser assim. A boa escola é algo que estamos a dever a nós mesmos. Se queremos futuro, temos de apostar na escola, que é a instituição que a humanidade inventou – e já foi há muitos anos – para nos garantir o futuro. Se não temos um futuro melhor é porque não o estamos a promover na escola”. Sobre o futuro também José Gil curiosamente neste mesmo dia, manifesta preocupação no plano da educação, “Porque acredito que é por aí que este país se pode salvar e que pode mudar mesmo”.
Defensor de mais poder dos professores na escola, Fiolhais, lamenta o tempo que se perdeu e se perde e acredita que a escola pode melhorar, mas “…isso faz-se pelo exemplo, por procurar e premiar as melhores práticas, por recompensar mais do que punir. É preciso valorizar a criatividade. O que eu gostava de ver era uma escola mais aberta, fora do espartilho do governo. Neste momento, a escola está refém do Ministério da Educação”. Considera mesmo que a máquina ministerial condiciona a criatividade de alunos e professores, que diz serem “…a chave do sucesso da escola. Diminuir o papel dos professores foi o pior que se podia ter feito. Portanto, tudo o que possamos fazer para valorizar este papel, para lhes dar importância e autoridade, é útil.
Há uma palavra que não se tem usado muito em Portugal e que se devia usar mais (o Ministério da Educação, então, foge dela como o diabo da cruz), que é ensinar. A escola é um sítio onde se ensina. Claro que também é um sítio onde se aprende, mas para aprender é preciso que se ensine. Quase tudo aquilo que sei foi porque alguém me ensinou. A partir de certa altura já fui capaz de aprender por mim próprio, mas devo muito à escola e aos meus professores. Porque é que os jovens de agora não hão-de poder dizer o mesmo? Estamos a desviar-nos do essencial e o essencial é preparar para a vida. Não estaremos a alienar os nossos jovens da capacidade de saber mais, de decidir, que não devia ser apenas de alguns, mas de todos?”.
José Lopes (Ovar)
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