Assim continua a ser encarada a Educação Sexual nas escolas. Mesmo na véspera do arranque do ano lectivo, ainda se assistiu em alguns agrupamentos de escolas a um derradeiro esforço de última hora, para a preparação de professores através de acções “intensivas” de formação sobre Educação Sexual, ainda que, a formação tenha estado prometida pela Direcção Geral de Inovação e desenvolvimento Curricular do M.E.
Com tal planeamento de improviso, sobre uma matéria à qual há muito é prometida mais atenção nas escolas, pelo menos, naquelas que se têm desresponsabilizado a assumir pedagogicamente, o tema, que por resistência ou inércia, continua adiado e tabu, com excepção de algumas interessantes experiencia em conjunto com Centros de Saúde. Só se pode desejar, que pelo menos, a lógica não assente no facilitismo e em meras estatísticas, para que o estigma do insucesso, não se estenda também a esta matéria, mesmo sendo obrigatória em todos os graus de ensino, e não se repita assim a pouca coerência na funcionalidade dos gabinetes de informação dos alunos, que em muitas escolas, não têm passado igualmente de projectos adiados ou muito pouco valorizados, ficando tantas vezes por boas intenções, sem a devida dinamização e sensibilização do público alvo.
José Lopes
(Ovar)
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