A crise que outros nos impuseram é agora uma desculpa conveniente para cortar nos apoios sociais e desinvestir nos serviços públicos, cavando desigualdades e diminuindo a democracia. Assim, um país cuja Educação é encarada pelo poder apenas como uma despesa é um país sem futuro. Os relatórios da OCDE permanecem assustadores: só um terço da população portuguesa entre os 25 e os 64 anos completou o ensino secundário.
Este é um país atrasado. Mas o atraso prejudica sempre os de baixo. Para vencê-lo é urgente apostar na Educação, dando iguais oportunidades a todos/as. Uma verdadeira escola pública inclusiva, universal, gratuita e democrática é uma escola que não desiste de nenhum aluno/a e que não precariza a vida dos seus profissionais. Para construir essa escola urge transferir a riqueza de quem nos meteu na crise para quem precisa sair dela. Ou seja, um sistema fiscal justo e políticas comprometidas com as pessoas e não com os especuladores. É preciso investir no que é de todos/as e não na carteira dos de sempre.
É por isso que me associo à iniciativa “Vamos à Luta”. Trata-se de uma espaço de convergência fundamental, enriquecido pela diversidade de tantas causas justas. A luta pela escola pública não se faz em circuito fechado, assim como nenhuma das outras lutas. Juntos temos mais força para construir uma alternativa ao caminho único que nos querem impingir.
Helena Dias, Movimento Escola Pública.
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