Educação: “A ANDE pretende exigir ao Ministério da Educação que se promova uma discussão séria sobre o processo de avaliação de docentes que está no terreno e que não é justo nem exequível”, avançou.
O I Encontro Nacional de Dirigentes de Escolas Públicas realiza-se no sábado, no Porto, com o objectivo de chamar a atenção do Ministério e da opinião pública para “os riscos que corre a Educação” em Portugal.
A Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) promove no sábado, no Centro de Congressos da Alfândega, no Porto, o I Encontro Nacional de Dirigentes de Escolas Públicas, através do qual querem que a sua voz chegue à opinião pública.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente da direcção da ANDE, Manuel António Pereira, explicou que os quatro temas em discussão - agregação de escolas e agrupamentos, avaliação de desempenho docente, organização do próximo ano lectivo e novo código de contratos públicos – “correspondem aos focos de preocupação na área da Educação”.
“Poupar em tempo de crise é fundamental, mas em nome dessa poupança não se pode destruir a escola pública, que foi construída ao longo destes anos”, defendeu.
Manuel António Pereira alertou que a “avaliação de docentes está a contribuir para uma grande instabilidade nas escolas”.
“A ANDE pretende exigir ao Ministério da Educação que se promova uma discussão séria sobre o processo de avaliação de docentes que está no terreno e que não é justo nem exequível”, avançou.
Segundo o dirigente escolar, “há também uma grande angústia sobre a possibilidade de se perderem muitos recursos nas escolas no próximo ano lectivo”.
“Em 2011/2012, as escolas dos 2.º e 3.º ciclo poderão perder entre 25 e 30 por cento dos seus recursos humanos, devido a às alterações no próximo ano lectivo”, denunciou.
Manuel António Pereira explica assim que “há um conjunto de preocupações”, pretendendo-se com o encontro de sábado “chegar a uma plataforma de entendimento entre os dirigentes para, juntamente com o Ministério da Educação”, se encontrar um caminho.
“Queremos fazer uma chamada de atenção ao Ministério da Educação e também à opinião pública sobre os riscos que corre a Educação”, alertou.
O também presidente do Agrupamento de Escolas de Cinfães adiantou ainda que a organização quer reunir “o maior número de dirigentes escolares”.
“Não fizemos inscrições e deixamos aberto a todos aqueles que queiram participar. Temos tido bom 'feedback' [resposta] e esperamos cerca de 250 pessoas no encontro de sábado”, sublinhou.
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