sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pedido de suspensão por parte dos professores relatores

RELATORES DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OVAR

PEDEM SUSPENSÃO IMEDIATA DO MODELO DE AVALIAÇÃO EM VIGOR

Reunidos no dia 16 na escola sede EB 2,3 António Dias Simões os professores nomeados relatores no processo de avaliação do desempenho docente regulado pelo Decreto-regulamentar 2/2010, aprovaram um abaixo-assinado sobre a avaliação de desempenho docente em que por unanimidade, assumem a imperiosa necessidade da suspensão imediata do modelo em vigor a bem da melhoria do serviço educativo e da dignificação do trabalho docente.

O documento refere, que, “após análise e discussão de todos os documentos relativos ao processo de Avaliação, vêm junto da Direcção e Conselho Geral deste Agrupamento, expor a sua profunda preocupação e discordância perante o actual modelo de Avaliação de Desempenho Docente por o considerar parcial e de difícil exequibilidade, para além de criar situações altamente injustas por não uniformizar critérios nem instrumentos de avaliação a nível nacional, sem, no entanto deixar de acatar e cumprir os seus deveres profissionais” admitem.

Reafirmam ainda estes docentes, que, “A nomeação para um cargo não concursal nem solicitado baseou-se única e exclusivamente na graduação profissional sendo que, o exercício que nos é imposto, pela delicadeza e complexidade intrínsecas, pressupõe, no mínimo, um período de formação consentânea com os objectivos visados”.

Também consideram, que, “Este modelo é excessivamente complexo no que concerne aos domínios e aos descritores que impedem a interpretação objectiva a realizar pelos avaliadores. Implica um acréscimo de procedimentos burocráticos para os professores, correndo-se o risco de ficar relegado, para um plano secundário, todo o trabalho que enriquece verdadeiramente o processo ensino-aprendizagem. Vai, inevitavelmente, perturbar o normal funcionamento das escolas, provocar uma desnecessária conflitualidade entre docentes, prejudicar o processo ensino-aprendizagem e pôr em causa o trabalho colaborativo”.

Por fim e face ao exposto, “os relatores, por unanimidade, propõem que estas preocupações sejam devidamente analisadas pela Direcção e Conselho Geral deste Agrupamento, pelo Conselho Pedagógico e pela CCDA e enviadas à DREC e ao Ministério da Educação, dando conta das dificuldades reais da concretização desta avaliação (…)” que, “a bem da melhoria do serviço educativo público e da dignificação do trabalho docente”, reforçam a necessidade da suspensão imediata do modelo em vigor.

José Lopes (Ovar)

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