segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Razão pode mais que a ameaça!


No Agrupamento de Escolas Avelar Brotero (Odivelas), o Conselho Executivo anunciou, em ordem de serviço, o prazo para a entrega dos objectivos individuais. FEZ BEM. A legislação assim o obriga.

Mas fê-lo com pressa, fixando o último dia para 16 de Janeiro. FEZ MAL. Porque nada o obriga a ser tão diligente. Porque o bom senso desaconselha pressas e, certamente, porque os 98% de adesão à greve, no mês passado, são bem claros sobre o que os professores do agrupamento pensam relativamente às políticas educativas deste Ministério da Educação.

FEZ MAL, também, porque excedeu toda a obrigação legal quando, na mesma ordem de serviço, ameaça os professores que não entreguem os objectivos individuais com a sua não avaliação.

FEZ MAL porque, se não avaliar os professores que, não tendo entregue os OI cumpram, no entanto, todas as fases da avaliação estipuladas no artº 15º do DR 2/2008, se porá a jeito para, enquanto avaliador, ser penalizado disciplinarmente, de acordo com a legislação.

FEZ MAL porque, depois de ter informado há 2 meses que os contactos dos professores com a direcção do agrupamento se deveriam fazer através de endereço electrónico ou de uma caixa colocada à porta do CE; depois de ter afixado na porta um gigantesco sinal de proibido com a mensagem”Proibida a entrada a pessoas estranhas ao CE”; depois, portanto, de ter formalizado o seu “incómodo” com o contacto pessoal com os professores do agrupamento, assume o papel de bom discípulo do ME, na sua forma mais “trauliteira”, usando a ameaça como uma forma de pressão.

E, por último, FEZ MAL, porque esquece que tem responsabilidades não apenas para com a tutela, mas – sobretudo, diria eu – para com os professores que o elegeram.

À hora a que escrevo, a EB 2/3 está fechada. Apenas 3 professores furaram a greve, o que dá uma adesão superior a 90%. Esta resposta não deixa dúvidas.
Quer o ME goste ou não, no Agrupamento de Escolas Avelar Brotero a divisão da carreira docente não é aceite. Com ou sem ameaças, lutaremos contra a política deste governo para a Educação.

Isabel Louçã

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