(foto de Ludgero Brioa, publicada no Umbigo)
(foto Paulo Carriço/Lusa)
Bom ambiente, calor humano, discursos interessantes e espontâneos. Foram cerca de três mil os professores que ocuparam nesta tarde de sábado o jardim em frente ao palácio de Belém, com vontade e determinação para continuar a lutar.
A arrogância e cegueira do governo foi denunciada pela generalidade das intervenções do palco. Mas os discursos contagiaram pela espontaneidade de quem não tem outra razão senão a de defender a escola pública. E não há dúvida que todos os que lá estiveram sairam mais fortes e motivados para continuar a recusar participar na farsa que o governo quer impor a professores, alunos, escolas e sociedade. Esta manifestação valeu a pena.
Havia quem esperasse mais gente. A esses recordamos que havia quem esperasse menos. A verdade é que esta concentração foi organizada por movimentos de professores, sem o aparelho, a logística e os meios dos sindicatos. E recordamos que 15 de Novembro foi há dois meses, antes do simplex com que a ministra quer anestesiar alguns e antes de muito cansaço atingir tantos.
A verdade é que com a determinação dos que lá estiveram ganharam todos os professores. Porque quase todos – pela televisão ou pela rádio - se reviram nos rostos, na razão e na luta dos que lá estiveram. Uma luta que hoje lembrou ao país inteiro que é pelos alunos e pela escola pública que fazemos este combate.
Mas queremos também aqui deixar uma palavra discordante. O Movimento Escola Pública não se revê em alguns títulos noticiosos que dizem que “movimentos independentes apelam à greve por tempo indeterminado”. Esta palavra de ordem surgiu da parte de oradores de alguns dos movimentos, mas não de todos. Achamos que há outras formas de luta que podem unir mais os professores e que não se desfazem ao segundo ou terceiro dia, porque poucos a aguentam. Não negamos que fosse um desejo nosso que todos a aguentassem, por seis, sete, oito, nove, quinze dias de greve. Muitos de nós a isso estaríamos dispostos. Mas não confundamos os nossos desejos com a realidade que se faz de todos.
Discordâncias à parte (a diversidade de movimentos e a pluralidade de opiniões é uma riqueza, e todas as propostas devem ser postas à consideração democrática de todos os professores) pensamos que ninguém deve parar de lutar, na escola e na rua. Para isso, consideramos fundamental:
- que milhares de professores continuem firmes a recusar a entrega dos objectivos individuais, sem ceder ao bluff chantagista do governo ou dos PCEs mais papistas que o papa
- que todos os professores recusem pedir aulas assistidas e não caiam na tentação individualista de legitimar esta farsa
- que cada vez mais professores avaliadores se demitam das suas funções, negando-se a fazer parte deste fime
- que prossigam as reuniões gerais de professores e os plenários locais e regionais para fortalecer as posições anteriores e outras
- que os professores não fiquem fechados nas escolas e venham para a rua fazer valer as suas razões. E que o façam também com toda a população que quer defender a escola pública, trazendo novamente largas dezenas de milhares de vozes às ruas da capital. Por isso, é urgente acelerar o processo de preparação de uma já vagamente anunciada Marcha pela Educação e que deve unir pais, professores, alunos e toda a sociedade.
Acreditamos que se esta luta não parar e se muitos resistirem, este ou o próximo governo (seja de que partido for) não terá condições para continuar com este modelo de avaliação nem com este Estatuto da Carreira Docente. E esse não será um momento para dormirmos descansados. Será o primeiro dia do resto das nossas vidas porque ainda tudo estará por fazer: uma escola para todos e todas, sem exclusões, onde se cresce e aprende, onde os alunos se emancipam e os professores são felizes.
A arrogância e cegueira do governo foi denunciada pela generalidade das intervenções do palco. Mas os discursos contagiaram pela espontaneidade de quem não tem outra razão senão a de defender a escola pública. E não há dúvida que todos os que lá estiveram sairam mais fortes e motivados para continuar a recusar participar na farsa que o governo quer impor a professores, alunos, escolas e sociedade. Esta manifestação valeu a pena.
Havia quem esperasse mais gente. A esses recordamos que havia quem esperasse menos. A verdade é que esta concentração foi organizada por movimentos de professores, sem o aparelho, a logística e os meios dos sindicatos. E recordamos que 15 de Novembro foi há dois meses, antes do simplex com que a ministra quer anestesiar alguns e antes de muito cansaço atingir tantos.
A verdade é que com a determinação dos que lá estiveram ganharam todos os professores. Porque quase todos – pela televisão ou pela rádio - se reviram nos rostos, na razão e na luta dos que lá estiveram. Uma luta que hoje lembrou ao país inteiro que é pelos alunos e pela escola pública que fazemos este combate.
Mas queremos também aqui deixar uma palavra discordante. O Movimento Escola Pública não se revê em alguns títulos noticiosos que dizem que “movimentos independentes apelam à greve por tempo indeterminado”. Esta palavra de ordem surgiu da parte de oradores de alguns dos movimentos, mas não de todos. Achamos que há outras formas de luta que podem unir mais os professores e que não se desfazem ao segundo ou terceiro dia, porque poucos a aguentam. Não negamos que fosse um desejo nosso que todos a aguentassem, por seis, sete, oito, nove, quinze dias de greve. Muitos de nós a isso estaríamos dispostos. Mas não confundamos os nossos desejos com a realidade que se faz de todos.
Discordâncias à parte (a diversidade de movimentos e a pluralidade de opiniões é uma riqueza, e todas as propostas devem ser postas à consideração democrática de todos os professores) pensamos que ninguém deve parar de lutar, na escola e na rua. Para isso, consideramos fundamental:
- que milhares de professores continuem firmes a recusar a entrega dos objectivos individuais, sem ceder ao bluff chantagista do governo ou dos PCEs mais papistas que o papa
- que todos os professores recusem pedir aulas assistidas e não caiam na tentação individualista de legitimar esta farsa
- que cada vez mais professores avaliadores se demitam das suas funções, negando-se a fazer parte deste fime
- que prossigam as reuniões gerais de professores e os plenários locais e regionais para fortalecer as posições anteriores e outras
- que os professores não fiquem fechados nas escolas e venham para a rua fazer valer as suas razões. E que o façam também com toda a população que quer defender a escola pública, trazendo novamente largas dezenas de milhares de vozes às ruas da capital. Por isso, é urgente acelerar o processo de preparação de uma já vagamente anunciada Marcha pela Educação e que deve unir pais, professores, alunos e toda a sociedade.
Acreditamos que se esta luta não parar e se muitos resistirem, este ou o próximo governo (seja de que partido for) não terá condições para continuar com este modelo de avaliação nem com este Estatuto da Carreira Docente. E esse não será um momento para dormirmos descansados. Será o primeiro dia do resto das nossas vidas porque ainda tudo estará por fazer: uma escola para todos e todas, sem exclusões, onde se cresce e aprende, onde os alunos se emancipam e os professores são felizes.
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