Sabes que sinto que poderiam tentar uma outra abordagem na defesa da escola pública. Olho para este blog e vejo acima de tudo um instrumento de comunicação ao serviço dos professores e da sua legitíssima luta contra a avaliação.
O que me irrita verdadeiramente nesta febre avaliadora do governo é que visa esconder debaixo da cama todos os outros problemas da escola pública: as miseráveis instalações (já confirmei que na minha rua existe uma escola primária a funcionar (‘’provisoriamente’’ num prédio sem pátio), as turmas grandes, a falta de $$ para os profs comprarem materiais. Os horários que não se adequam às necessidades dos pais, etc, etc, etc.
E sinto que, com esta estratégia, os profs abrem alas à visão maniqueísta que interessa ao governo: “nós queremos fazer a reforma fundamental que é avaliar aqueles malandros que não querem trabalhar e eles conseguem bloquear tudo e colocar em causa toda a escola” Com este tipo de resposta (na minha perspectiva muito umbiguista), a opinião pública é tentada a pensar que de facto o problema está só na avaliação, o que não corresponde de todo à verdade.
Neste contexto, acho que só os professores conseguem colocar a nu a verdadeira situação do ensino. Na minha perspectiva de consultor de comunicação, a mensagem dos profs deveria ser clara: a escola pública está ameaçada, o governos cria condições favoráveis à privatização e inventou a história da avaliação para desviar as atenções. O que eu sinto é que os profs entraram no jogo e estão a facilitar a vida ao governo.
Acho que os profs teriam mais opinião pública do seu lado se vissem para além do seu próprio problema e deixassem claro que o problema da escola pública não são eles mas sim tudo o resto que leva à guetisação do ensino não privado, que é cada vez mais um exclusivo de quem não consegue pagar alternativas.
Deveriam inventariar os problemas mais críticos (há de certeza muitos), arranjar exemplos (escolas miseráveis não faltam) e depois mostrar os exemplos dizendo que é isto que o governo quer esconder ao atacar os profs.
Não queres propor este tema para debate aí com os colegas?
João Pinho
O que me irrita verdadeiramente nesta febre avaliadora do governo é que visa esconder debaixo da cama todos os outros problemas da escola pública: as miseráveis instalações (já confirmei que na minha rua existe uma escola primária a funcionar (‘’provisoriamente’’ num prédio sem pátio), as turmas grandes, a falta de $$ para os profs comprarem materiais. Os horários que não se adequam às necessidades dos pais, etc, etc, etc.
E sinto que, com esta estratégia, os profs abrem alas à visão maniqueísta que interessa ao governo: “nós queremos fazer a reforma fundamental que é avaliar aqueles malandros que não querem trabalhar e eles conseguem bloquear tudo e colocar em causa toda a escola” Com este tipo de resposta (na minha perspectiva muito umbiguista), a opinião pública é tentada a pensar que de facto o problema está só na avaliação, o que não corresponde de todo à verdade.
Neste contexto, acho que só os professores conseguem colocar a nu a verdadeira situação do ensino. Na minha perspectiva de consultor de comunicação, a mensagem dos profs deveria ser clara: a escola pública está ameaçada, o governos cria condições favoráveis à privatização e inventou a história da avaliação para desviar as atenções. O que eu sinto é que os profs entraram no jogo e estão a facilitar a vida ao governo.
Acho que os profs teriam mais opinião pública do seu lado se vissem para além do seu próprio problema e deixassem claro que o problema da escola pública não são eles mas sim tudo o resto que leva à guetisação do ensino não privado, que é cada vez mais um exclusivo de quem não consegue pagar alternativas.
Deveriam inventariar os problemas mais críticos (há de certeza muitos), arranjar exemplos (escolas miseráveis não faltam) e depois mostrar os exemplos dizendo que é isto que o governo quer esconder ao atacar os profs.
Não queres propor este tema para debate aí com os colegas?
João Pinho
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