Decorrido um ano desde o lançamento do Manifesto Fundador do Movimento Escola Pública importa fazer um balanço das medidas da Ministra da Educação do Governo PS e das respostas que os actores educativos, em particular os professores, souberam dar a esta ofensiva contra a escola pública.
Nunca se tinha ido tão longe na tentativa de afastar, ainda mais, as escolas de um ideário democrático e emancipador e de implementar um modelo neo-liberal na educação. Nunca, como hoje, foi tão claro o objectivo de impor, nas escolas, uma lógica empresarial assente em critérios de eficácia e eficiência e desrespeitadora dos actores educativos. A estratificação dos profissionais da educação, a promoção de uma competitividade alienante e a consagração de um modelo organizacional burocrático e autocrático, constituem pilares fundamentais desta ofensiva contra a escola pública.
O Decreto-regulamentar 2/2008, que regulamenta a avaliação docente e o decreto-lei 75/2008 que institui um novo modelo de gestão são os principais instrumentos normativos desta política. Ambos têm como objectivos centrais acabar de vez com quaisquer práticas democráticas e emancipatórias nas escolas e transformar os professores em instrumentos dóceis das políticas definidas pelo governo.
É contra este modelo de escola que nos batemos!
À racionalidade empresarial assente em resultados, que faz tábua rasa das diversidades regionais e sociais e desvaloriza as práticas e projectos respondemos com a defesa da qualidade das escolas assente nos processos e na valorização de boas práticas.
À promoção do individualismo e da funcionarização dos professores contrapomos a valorização da profissionalidade, da cooperação e da reflexão crítica como pilares da construção de uma escola de qualidade.
A um modelo de gestão que centraliza o poder em órgãos unipessoais e promove a cultura da subordinação e obediência acrítica, opomos uma cultura organizacional emancipatória, assente na participação de todos os actores educativos na vida da escola e no trabalho cooperativo.
A uma política educativa reprodutora de desigualdades sociais, respondemos com a proposta de medidas que criem condições nas escolas para que o direito ao sucesso de todos e todas seja uma realidade.
Os actores educativos opuseram-se à política do Ministério da Educação com uma mobilização sem precedentes. O MEP fez parte desta torrente, esteve em todas as lutas contra o modelo neo-liberal de avaliação docente, contribuindo, em momentos decisivos, para a unidade dos movimentos e dos sindicatos em torno de plataformas comuns de entendimento.
A implementação do novo modelo autocrático de gestão irá assumir, também, centralidade nos próximos tempos desafiando a energia e determinação dos actores educativos. O MEP dará o seu contributo para o fortalecimento da mobilização em torno da defesa de uma gestão democrática e participada das e nas escolas.
Coerentes com o caminho percorrido até agora, contribuiremos para fortalecer vontades e energias na defesa de uma escola em que a democracia, o exercício da cidadania e a promoção do conhecimento sejam uma realidade.
O Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia
Participa no Cordão Humano
Sábado, 7 de Março, 15h, Lisboa
Locais de concentração:
Marquês de Pombal (professores de Lisboa)
Largo do Rato (professores do Centro e do Sul)
Ministério da Educação (professores do Norte)
Nota: O Movimento Escola Pública concentra-se às 15h no Marquês de Pombal, à excepção dos professores do MEP que vierem organizados nos respectivos cortejos que vêm fora de Lisboa.
Nunca se tinha ido tão longe na tentativa de afastar, ainda mais, as escolas de um ideário democrático e emancipador e de implementar um modelo neo-liberal na educação. Nunca, como hoje, foi tão claro o objectivo de impor, nas escolas, uma lógica empresarial assente em critérios de eficácia e eficiência e desrespeitadora dos actores educativos. A estratificação dos profissionais da educação, a promoção de uma competitividade alienante e a consagração de um modelo organizacional burocrático e autocrático, constituem pilares fundamentais desta ofensiva contra a escola pública.
O Decreto-regulamentar 2/2008, que regulamenta a avaliação docente e o decreto-lei 75/2008 que institui um novo modelo de gestão são os principais instrumentos normativos desta política. Ambos têm como objectivos centrais acabar de vez com quaisquer práticas democráticas e emancipatórias nas escolas e transformar os professores em instrumentos dóceis das políticas definidas pelo governo.
É contra este modelo de escola que nos batemos!
À racionalidade empresarial assente em resultados, que faz tábua rasa das diversidades regionais e sociais e desvaloriza as práticas e projectos respondemos com a defesa da qualidade das escolas assente nos processos e na valorização de boas práticas.
À promoção do individualismo e da funcionarização dos professores contrapomos a valorização da profissionalidade, da cooperação e da reflexão crítica como pilares da construção de uma escola de qualidade.
A um modelo de gestão que centraliza o poder em órgãos unipessoais e promove a cultura da subordinação e obediência acrítica, opomos uma cultura organizacional emancipatória, assente na participação de todos os actores educativos na vida da escola e no trabalho cooperativo.
A uma política educativa reprodutora de desigualdades sociais, respondemos com a proposta de medidas que criem condições nas escolas para que o direito ao sucesso de todos e todas seja uma realidade.
Os actores educativos opuseram-se à política do Ministério da Educação com uma mobilização sem precedentes. O MEP fez parte desta torrente, esteve em todas as lutas contra o modelo neo-liberal de avaliação docente, contribuindo, em momentos decisivos, para a unidade dos movimentos e dos sindicatos em torno de plataformas comuns de entendimento.
A implementação do novo modelo autocrático de gestão irá assumir, também, centralidade nos próximos tempos desafiando a energia e determinação dos actores educativos. O MEP dará o seu contributo para o fortalecimento da mobilização em torno da defesa de uma gestão democrática e participada das e nas escolas.
Coerentes com o caminho percorrido até agora, contribuiremos para fortalecer vontades e energias na defesa de uma escola em que a democracia, o exercício da cidadania e a promoção do conhecimento sejam uma realidade.
O Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia
Participa no Cordão Humano
Sábado, 7 de Março, 15h, Lisboa
Locais de concentração:
Marquês de Pombal (professores de Lisboa)
Largo do Rato (professores do Centro e do Sul)
Ministério da Educação (professores do Norte)
Nota: O Movimento Escola Pública concentra-se às 15h no Marquês de Pombal, à excepção dos professores do MEP que vierem organizados nos respectivos cortejos que vêm fora de Lisboa.
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