Excerto de notícia da Lusa:
Os ciganos, os africanos e seus descendentes são os grupos "mais vulneráveis" à discriminação no sector da Educação em Portugal, revela um estudo sobre Racismo hoje apresentado, em Lisboa, pela Amnistia Internacional.
"Os fenómenos de discriminação podem ser observados em diversos níveis do sistema de ensino, ainda que por vezes ocorram de forma inconsciente e sejam difíceis de monotorizar", refere o estudo "O Racismo e a Xenofobia em Portugal Após o 11 de Setembro", conduzido pelo Centro de Investigação em Ciências Sociais e Humanas (Númena).
Segundo o estudo, os dados existentes, apesar de não serem abundantes e sistematizados, mostram também "diferenças significativas nas taxas de sucesso e abandono escolar entre alunos com diferentes origens nacionais e étnicas".
Citando dados do "Entreculturas" publicados até 2001, o Númena sublinha que "são os alunos de origem cigana que apresentam invariavelmente maiores taxas de insucesso escolar", seguidos dos "nacionais ou descendentes de famílias originárias dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (com excepção de Moçambique) aqueles que apresentam taxas de sucesso escolar abaixo da média nacional, bem como taxas de abandono escolar mais elevadas".
O estudo salienta que, de acordo com algumas investigações em Portugal, a "crença de que, a nível pessoal, alunos de determinada etnia são menos inteligentes, menos capazes academicamente ou culturalmente inferiores, pode constituir suporte para baixas expectativas dos professores, geralmente facilitadoras do insucesso entre alunos pertencentes a minorias".(…)
Comentário: a discriminação na escola existe e dificulta o insucesso destes alunos. Mas o insucesso explica-se também pela discriminação que se situa fora da escola, através da marginalização económica e social destas comunidades, muitas vezes guetizadas e mais afectadas pelo desemprego e precariedade
Os ciganos, os africanos e seus descendentes são os grupos "mais vulneráveis" à discriminação no sector da Educação em Portugal, revela um estudo sobre Racismo hoje apresentado, em Lisboa, pela Amnistia Internacional.
"Os fenómenos de discriminação podem ser observados em diversos níveis do sistema de ensino, ainda que por vezes ocorram de forma inconsciente e sejam difíceis de monotorizar", refere o estudo "O Racismo e a Xenofobia em Portugal Após o 11 de Setembro", conduzido pelo Centro de Investigação em Ciências Sociais e Humanas (Númena).
Segundo o estudo, os dados existentes, apesar de não serem abundantes e sistematizados, mostram também "diferenças significativas nas taxas de sucesso e abandono escolar entre alunos com diferentes origens nacionais e étnicas".
Citando dados do "Entreculturas" publicados até 2001, o Númena sublinha que "são os alunos de origem cigana que apresentam invariavelmente maiores taxas de insucesso escolar", seguidos dos "nacionais ou descendentes de famílias originárias dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (com excepção de Moçambique) aqueles que apresentam taxas de sucesso escolar abaixo da média nacional, bem como taxas de abandono escolar mais elevadas".
O estudo salienta que, de acordo com algumas investigações em Portugal, a "crença de que, a nível pessoal, alunos de determinada etnia são menos inteligentes, menos capazes academicamente ou culturalmente inferiores, pode constituir suporte para baixas expectativas dos professores, geralmente facilitadoras do insucesso entre alunos pertencentes a minorias".(…)
Comentário: a discriminação na escola existe e dificulta o insucesso destes alunos. Mas o insucesso explica-se também pela discriminação que se situa fora da escola, através da marginalização económica e social destas comunidades, muitas vezes guetizadas e mais afectadas pelo desemprego e precariedade
1 comentário:
escrevi no meu blog (margemesquerdatribunalivre.blogspot.com) o seguinte:
Uma decisão que define um estilo!
É intolerável a segregação de 17 meninos ciganos, constituindo uma turma colocada num contentor, na escola de Barqueiros, em Barcelos.
A Directora da Educação da Região Norte já nos habituou a um estilo muito especial, que nada tem a ver com o regime democrático, as contribuições que a informação e o conhecimento nos proporcionam no nosso tempo, século XXI.
Não estranhamos, por isso, que considere “discriminação positiva” a segregação conducente ao aumentar dos preconceitos racistas, colocando num contentor feito sala de aula, uma turma de meninos ciganos, isolados dos restantes meninos da escola.
A senhora directora não entende que a positividade da discriminação está no apoio à integração e não na segregação. Podia inspirar-se nas experiências que neste campo são feitas em muitas escolas, com grupos de teatro (eu próprio já participei nisso!), mediadores interculturais, clubes de reflexão ou aulas suplementares para grupos desfavorecidos.
Mas a senhora directora que, como a senhora ministra, foi rapidamente promovida a doutora para integrar o governo socrático, não teve tempo para assimilar o trabalho de inclusão intercultural feito em muitas escolas ao nível da discriminação positiva. E, por isso, interpretou este conceito como colocar os ciganos em contentores e mandar os professores (considerados por este ministério como mulheres a dias) aturá-los.
O princípio de Peter não levaria a melhores decisões.
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