quinta-feira, 19 de março de 2009

Pais exigem ao governo mais professores de apoio


Os pais dos alunos da Escola EB1 de Figueira de Lorvão, Penacova, protestaram, esta quarta-feira, contra a falta de professores de apoio. Um abaixo-assinado é entregue na terça-feira na Delegação Regional de Educação do Centro.

O abaixo-assinado, promovido pela Associação de Pais, foi distribuído ontem ao final da tarde à porta da escola, e recolheu cerca de 40 assinaturas. A associação exige a colocação de uma professora de apoio a tempo inteiro, bem como uma tarefeira e uma animadora, considerando que a situação actual não é suficiente. "Foi colocada uma professora de apoio a dar 16 horas, mas por necessidade de serviço está a substituir uma colega por cinco horas, sobrando 11 para apoios", conta o presidente da Associação de Pais, Eduardo Ferreira. Afirma ainda que, para o caso da EB1 de Figueira de Lorvão, seriam necessárias 20 horas semanais, equivalente a duas horas por cada um dos cerca de 10 alunos que precisam de apoio.

Eduardo Ferreira critica o que considera ser "critérios economicistas" do Ministério da Educação. "As mães das crianças dizem que 10 precisam de apoio, mas o Ministério diz que não é nada disso. As mães tratam dos filhos, o Ministério trata dos números", acusa.

Rui Marques tem uma filha de 10 anos na escola, com necessidades educativas especiais, e sublinha que estas não estão a ser suficientes. "Ela tem tido muito pouco apoio, era preciso mais", assegura. A única professora de apoio na escola, prossegue, "dedica-lhe pouco tempo durante a semana, e segundo os especialistas, ela precisava de estar um ou dois dias inteiros com a professora".
Segundo o encarregado de educação, "falta um professor que trabalhe a tempo inteiro com estas crianças", garantindo não ter visto desenvolvimento nenhum na filha ao longo deste ano lectivo. "Ela não sabe ler, e só escreve se copiar", explica.

Situação semelhante vive Graça Costa, mãe de um menino na segunda classe. "Fiquei viúva há dois anos e os psicólogos estão fartos de mandar cartas para a escola a dizer que ele precisa de apoio", conta. Graça refere que o filho "tem dificuldades a Português" e espera que entre uma professora de apoio que dedique mais tempo à escola.

O JN não conseguiu, em tempo útil, obter reacções da DREC.

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