“A Escola Pública…Que Futuro” foi mote de discussão no passado sábado na Biblioteca Municipal de Penafiel. Cecília Honório, Artemisa Coimbra, Paulo Teles Silva, José Maria Cardoso, Eliseu Filipe Lopes e Paula Sequeiros mostraram a sua opinião sobre o assunto.
Segundo Paulo Teles Silva a escola pública está doente porque há uma classe inteira de docentes que está descontente. "Não podemos aceitar que existam projectos na escola pública por fazer", frisou ao VERDADEIRO OLHAR.
Para o docente, o Ministério da Educação falou no empreendedorismo para convidar as empresas para dentro da escola, com vista a preparar cada vez mais cedo os alunos para o trabalho e lucro. "A escola tem de ser para todos, não para as elites. Quem tem dinheiro para ir para o privado é quem pertence a classes sociais económicas mais elevadas. Pretendemos um ensino gratuito", acrescentou.
Relativamente às escolas privadas disse ainda que o seu problema é terem uma leccionação isolada. "Isso só pode ser prejudicial", afirmou.
Por seu turno, o advogado Eliseu Filipe Lopes defendeu que serviço neoliberal está a dar cabo do serviço público, nomeadamente, educação, justiça e saúde. Os técnicos profissionais têm servido para financiamento das escolas e levar para lá os piores alunos.
De acordo com Eliseu a reforma que tem de haver é no modelo de base, não só da educação. "O que mais me preocupa é o desfasamento entre o que está na Constituição e a realidade. Corremos o risco de pensar que é um livro só para emoldurar", disse.
Quanto à avaliação de professores, Cecília Honório afirmou que defende a avaliação de professores integrada, ou seja, fazer avaliação das escolas, dependendo dos contextos onde estão inseridas.
Paula Sequeiros asseverou que pelo facto de ter um percurso profissional muito diversificado foi-lhe permitido observar a ditadura no trabalho. Referiu que não existe um ambiente democrático para todos e que há uma formatação de alunos.
Notícia de “O Verdadeiro Olhar”
quarta-feira, 4 de março de 2009
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