O concurso arranca esta sexta-feira, com um total de 20.603 vagas para colocações de quatro anos, mas pode ser o último.
Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, não esconde que «foi aberto caminho» para uma maior autonomia das escolas na gestão dos recursos humanos e que isso pode levar a que em 2013 a colocação de docentes já não se faça através de uma lista nacional ordenada por uma graduação.
O primeiro passo para que sejam as escolas a contratar directamente os professores será dado já este ano, com as escolas mais problemáticas – as 59 escolas, integradas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) – a realizarem os seus concursos, com critérios próprios. «O próximo Governo tem os instrumentos para que possa não haver concurso com lista de graduados em 2013», afirmou o governante, num encontro com jornalistas, sublinhando, porém, que essa será «uma opção política» sobre a qual a actual equipa ministerial não se quer pronunciar.
Apesar disso, Valter Lemos garante que o «Ministério da Educação tem de manter um fortíssimo apoio às escolas na colocação dos professores», assegurando seu «acompanhamento, fiscalização e garantia do sistema».
A grande novidade do concurso nacional deste ano é, contudo, a extinção dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP), onde neste momento estão colocados cerca de 30 mil docentes. «Os QZP mantêm os direitos que tinham. Há é uma oportunidade de passar para uma situação mais estável [para os Quadros de Escola]», garantiu Lemos.
Outra novidade é a criação de uma Bolsa de Recrutamento onde as escolas poderão, ao longo do ano lectivo, recrutar directamente docentes para necessidades especiais.
Espanhol e educação especial com mais vagas novas A Educação Especial é o grupo onde o Ministério da Educação vai abrir mais vagas novas. Depois de, no concurso de 2006, terem sido criadas 2.200 vagas, este ano o Ministério vai contratar mais 937 professores, a maior parte dos quais para o 1.º ciclo. Também para o 1.º ciclo, vão ser contratados professores de apoio pedagógico para todas as escolas. «Pela primeira vez, vai haver um ou mais professores para dar apoio educativo em cada escola», anunciou Valter Lemos.
Outro grupo onde a procura de docentes vai aumentar quase 200% é o de Espanhol – para o qual o Ministério vai abrir 220 novas vagas. A necessidade de professores de Espanhol é tanta que o Governo já tem preparada uma portaria que prevê que os docentes de outras línguas que tenham tirado a variante ‘Espanhol’ na Universidade ou que possuam o nível C do Instituto Cervantes possam ser considerados habilitados para leccionar esta disciplina.
A necessidade de professores de novas tecnologias vai ainda levar à abertura de 645 vagas para o grupo de informática.
Margarida Davim in Sol
ATENÇÃO
Os Códigos das Escolas foram alterados
Sem comentários:
Enviar um comentário