“Rosário Gama, uma das representantes dos 139 presidentes dos Conselhos Executivos (PCE) que, no sábado, se reuniram em Santarém para reclamar a suspensão da avaliação, diz que saiu do longo encontro com a ministra da Educação, ontem, com uma certeza: "Está tudo na mão dos professores. Terão de ser eles a travar o processo, não entregando os objectivos, e nós só podemos apoiá-los."
Tal como impõe a lei e foi decidido em Santarém, os PCE vão mesmo determinar e afixar o calendário das várias fases da aplicação do modelo de avaliação. No entanto, voltou ontem a frisar Rosário Gama, "os professores sabem que podem contar" com o seu apoio. Significa isto, na prática, que pelo menos aqueles 139 PCE optarão pelos prazos mais alargados; não pedirão aos professores que entreguem os objectivos; e, entretanto, a 7 de Fevereiro, voltam a reunir-se para decidir novas medidas a adoptar. Com uma certeza, diz Rosário Gama: "Nessa altura, seremos mais do que 139 e a nossa capacidade de reivindicação estará reforçada."
Este protelar do processo, no entanto, admite a docente, só será eficaz "se um número significativo de professores não entregar os objectivos". Um cenário que, ao longo dos últimos dias, foi entusiasmando os responsáveis pelos variadíssimos blogues de docentes que contestam a avaliação, alguns dos quais de movimentos de professores independentes de sindicatos.”
(excerto da notícia do jornal público de hoje)
Lê o Manifesto entregue ao Ministério, com os Conselhos executivos que o subscrevem
Tal como impõe a lei e foi decidido em Santarém, os PCE vão mesmo determinar e afixar o calendário das várias fases da aplicação do modelo de avaliação. No entanto, voltou ontem a frisar Rosário Gama, "os professores sabem que podem contar" com o seu apoio. Significa isto, na prática, que pelo menos aqueles 139 PCE optarão pelos prazos mais alargados; não pedirão aos professores que entreguem os objectivos; e, entretanto, a 7 de Fevereiro, voltam a reunir-se para decidir novas medidas a adoptar. Com uma certeza, diz Rosário Gama: "Nessa altura, seremos mais do que 139 e a nossa capacidade de reivindicação estará reforçada."
Este protelar do processo, no entanto, admite a docente, só será eficaz "se um número significativo de professores não entregar os objectivos". Um cenário que, ao longo dos últimos dias, foi entusiasmando os responsáveis pelos variadíssimos blogues de docentes que contestam a avaliação, alguns dos quais de movimentos de professores independentes de sindicatos.”
(excerto da notícia do jornal público de hoje)
Lê o Manifesto entregue ao Ministério, com os Conselhos executivos que o subscrevem
1 comentário:
Senhores Ministros, Senhores Deputados:
não liguem a esta "cambada" de preguiçosos. Os professores só querem férias. Ainda andam a ver se descobrem como é que Vocês chegaram aos "altares" em que foram colocados. Não precisaram de fazer a primária, nem o resto do básico, nem o secundário, nem... passaram todos como o "chefe": deram umas passeatas independentes e eis-vos a mandar trabalhar os "malandros" dos professores.
Nós, os mais velhos, nunca fomos avaliados... Foram vossas excelências que apresentaram os relatórios anuais em nosso nome; fizeram a defesa de um trabalho na passagem do 7º para o 8º escalão; fizeram acções de formação em nosso nome. O mérito é vosso. Para os que vos formaram.... só demérito.
Mas é mesmo verdade: vocês conseguiram levar o desânimo a todo o lado; conseguiram pôr milhares de docentes à beira de um ataque de nervos; conseguiram fazer com que milhares - que tanto gostavam de dar aulas e de lidar com a juventude- se aposentassem mesmo com penalização monetária ; conseguiram que nos interrogássemos sobre o nosso papel de educadores e preparadores do futuro do nosso país; conseguiram fazer com que dos melhores, interior e exteriormente, se apoderasse um sentimento de revolta. Nem no tempo da "antiga senhora", tempo em que comecei a minha vida docente, fui (fomos) tratado tão mal. Vocês a mandar e a coordenar o país estão a levá-lo para a ruina a todos os níveis: económico, moral, social. Os "pingos" de solidariedade que, de vez em quando, ressaltam dos vossos discursos não passam de "purgantes" numa tentativa de "lavar" a vossa consciência. Continuem... vão bem... Saiam daí com os bolsos recheados pois, com certeza, ninguém neste mundo real que apalpamos diariamente vos quererá dar emprego.
Continuem a criar atritos com os funcionários do Ministério da Agricultura. Dos nossos campos já nada colhem. Mas não há problema porque a Espanha é ali já.
Continuem a criar problemas com o Ministério da saúde e seus funcionários. Está tudo muito melhor: as reformas são para se fazer nem que seja, simplesmente, mudar o timbre do papel de um ofício. É muito importante. Sem isso... o país não anda.
Continuem a meter o "magalhães" nas mãos das crianças. Elas precisam muito de consultar a internete!!!!!!!!! Sem isso... como podem arranjar emprego? lavrar os campos? ser ministros? fazer a distribuição do correio? pintar as paredes de uma casa?
Acabaram com as escolas profissionais? Acham que das "novas oportunidades" vai sair alguma coisa? Só para a CEE. Deixem-se de enganar o povo. A nós, professores, não enganam. Conseguem é amedrontar e colocar-nos como o "tolo no meio da ponte". Que RAIO andamos aqui a fazer? Dar aulas a quem não tem o mínimo interesse por estudar? Não será melhor fazermos a propaganda de seringas para "evitar" a sida? Não será melhor explicarmos como se usa uma arma, branca ou de outra cor? Não será melhor explicar como se dança e como se pinta para não fazerem má figura nas discotecas e realizarem bons trabalhos de pinturas murais?
VOCÊS É QUE MANDAM. A gente "bedece".
A. Costa Gomes
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