A Escola Infanta D. Maria, de Coimbra, realizou uma Reunião Geral de Professores no dia 6, logo no início do 2º período. Uma mão cheia de outras escolas fizeram o mesmo. Como tinham razão!
Os frutos dessa lucidez e determinação revelaram-se agora. Onde o pessoal ficou parado gerou-se o medo, a divisão, a desconfiança, o oportunismo de alguns. Houve quem começasse a ceder às ameaças e chantagem, ao facilitismo aparente. Em algumas escolas tinham que entregar os Objectivos Individuais logo na primeira semana de aulas. Ninguém se lembrou de que só unidos em RGPs é que poderíamos e teríamos que dar a resposta e manter a unidade.
Os que pensámos que “não valia a pena, não era preciso fazer novas reuniões”, porque já tínhamos aprovado a suspensão no primeiro período, estavam enganados. O simplex 2, constituindo em si uma pequena vitória sobre a esquizofrenia ministerial, foi concebido para aliciar os incautos e nos atomizar. Um a um somos como pó, não somos ninguém, como canta Paco Ibañez.
Muitos presidentes de conselhos executivos, inchados por um subsídio de montante escandaloso, contrário ao discurso da crise e dos cortes orçamentais, passaram a tratar directamente do assunto e os avaliadores, coordenadores e Conselhos pedagógicos foram afastados.
Nos últimos dias começou a levantar-se uma onda de RGPs em várias escolas e agrupamentos, onde ainda se foi a tempo de manter a coesão e solidariedade. Mais RGPs e Plenários regionais estão a ser organizados. É esse o caminho.
Perante o facto de alguns, algumas escolas, já terem entrado no “corredor” por onde Sócrates e MLR nos querem conduzir ao cadafalso, entregando os Objectivos Individuais… resta saber se nos próximos dias as pessoas vão poder organizar, requerer, conseguir novas RGPs.
Em todas as escolas e agrupamentos que têm alguns dias ainda para terminar o prazo de entrega dos OI, têm de organizar-se RGPs para responder com o máximo de unidade possível. Ao mesmo tempo, a divulgação da novas tomadas de posição pela blogosfera e pelos mails de colegas de outras escolas será decisiva. A colaboração e solidariedade com as escolas vizinhas, idem.
Vivemos uns tempos memoráveis de desobediência civil contra o programa de destruição da escola pública e dos seus profissionais, dentro das escolas e nas ruas. Atingimos um ambiente de camaradagem invejável. Vieram as festas de Natal. Recomeçámos e já não parecíamos os mesmos. Será possível recuperar, como sempre, é óbvio. Mas aqueles e aquelas que voltaram à luta – às RGPs – nesta semana, já saborearam pela segunda vez as delícias da esperança. Vamos encontrar-nos de novo?
Jaime Pinho
Do Movimento Escola Pública e do Grupo Inter-escolas de Setúbal
Os frutos dessa lucidez e determinação revelaram-se agora. Onde o pessoal ficou parado gerou-se o medo, a divisão, a desconfiança, o oportunismo de alguns. Houve quem começasse a ceder às ameaças e chantagem, ao facilitismo aparente. Em algumas escolas tinham que entregar os Objectivos Individuais logo na primeira semana de aulas. Ninguém se lembrou de que só unidos em RGPs é que poderíamos e teríamos que dar a resposta e manter a unidade.
Os que pensámos que “não valia a pena, não era preciso fazer novas reuniões”, porque já tínhamos aprovado a suspensão no primeiro período, estavam enganados. O simplex 2, constituindo em si uma pequena vitória sobre a esquizofrenia ministerial, foi concebido para aliciar os incautos e nos atomizar. Um a um somos como pó, não somos ninguém, como canta Paco Ibañez.
Muitos presidentes de conselhos executivos, inchados por um subsídio de montante escandaloso, contrário ao discurso da crise e dos cortes orçamentais, passaram a tratar directamente do assunto e os avaliadores, coordenadores e Conselhos pedagógicos foram afastados.
Nos últimos dias começou a levantar-se uma onda de RGPs em várias escolas e agrupamentos, onde ainda se foi a tempo de manter a coesão e solidariedade. Mais RGPs e Plenários regionais estão a ser organizados. É esse o caminho.
Perante o facto de alguns, algumas escolas, já terem entrado no “corredor” por onde Sócrates e MLR nos querem conduzir ao cadafalso, entregando os Objectivos Individuais… resta saber se nos próximos dias as pessoas vão poder organizar, requerer, conseguir novas RGPs.
Em todas as escolas e agrupamentos que têm alguns dias ainda para terminar o prazo de entrega dos OI, têm de organizar-se RGPs para responder com o máximo de unidade possível. Ao mesmo tempo, a divulgação da novas tomadas de posição pela blogosfera e pelos mails de colegas de outras escolas será decisiva. A colaboração e solidariedade com as escolas vizinhas, idem.
Vivemos uns tempos memoráveis de desobediência civil contra o programa de destruição da escola pública e dos seus profissionais, dentro das escolas e nas ruas. Atingimos um ambiente de camaradagem invejável. Vieram as festas de Natal. Recomeçámos e já não parecíamos os mesmos. Será possível recuperar, como sempre, é óbvio. Mas aqueles e aquelas que voltaram à luta – às RGPs – nesta semana, já saborearam pela segunda vez as delícias da esperança. Vamos encontrar-nos de novo?
Jaime Pinho
Do Movimento Escola Pública e do Grupo Inter-escolas de Setúbal
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