Já aqui dei notícia do Manifesto Pedagógico “Não é verdade” que foi criado pela rede IRES (e apoiado até agora por mais de 75 organizações) como tentativa de resistir a algumas das verdades feitas que vão fazendo caminho sobre a Escola Pública.
Insisto agora dando notícia de uma polémica a propósito dele com direito a crítica, a resposta e a contra-resposta.
E insisto também com algumas questões a propósito do tema. É que, no meio da azáfama das lutas d@s professores/as contra o modelo de avaliação do desempenho e contra a imposição de modelos autoritários na organização, a questão pedagógica (do ensino realmente ministrado) vai ficando remetida para o plano individual (cada um que a resolva com os seus meios e saberes) ou deixada, quando muito, para tema de peroração de peritos em educação (haverá sempre quem ensine de cátedra que o ensino não deve ser feito de cátedra).
As perguntas que deixo, como desafio (aos/às outr@s e a mim) e que me foram ocorrendo a propósito deste tema são as seguintes: será possível um debate colectivo e profundo sobre estes temas? Faz falta um activismo pedagógico? É necessário politizar o debate sobre pedagogias? Ou será isso distrair-nos da lutas que estão a acontecer e arriscar dividir os professores/as? Faz falta um manifesto pedagógico para contrariar as políticas conservadoras instaladas em muitas escolas e as suas falsas evidências? O manifesto “não é verdade” servir-nos-ia como ponto de partida? Ou faria sentido construir um manifesto próprio e diferente em Portugal? Alguém me ajuda a pensar nisto?
Carlos Carujo, São Brás de Alportel
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1 comentário:
Concordo pois. Faz sempre sentido discutir pedagogia, nunca pode ser uma questão adiada. Aliás, aproveito para dizer que o manifesto já foi publicado aqui a 29 de Outubro de 2008, a uma semana da grande manif
http://movimentoescolapublica.blogspot.com/2008/10/manifesto-pedaggico.html
(foi a Helena Dias que o traduziu)
Que venha também esse debate,´mais do que tudo é a escola que queremos que está em causa
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