sexta-feira, 24 de abril de 2009

Semana de luta: balanço provisório


Ainda é cedo para um balanço final, e aguardamos ainda ainformação sindical sobre as centenas de reuniões que se realizaram nas escolas. De qualquer modo recomendamos a leitura de dois posts em Dias do Fim e em ProfAvaliação para uma informação mais vasta.

Deixamos também aqui alguns relatos que nos chegaram. De outros que fomos vendo e ouvindo, e até tendo em conta as sondagens que por aí se publicam, parece-nos que a ideia de uma manifestação nacional no dia 16 de Maio é a proposta mais consensual. Mas também é um facto que muitos professores consideram-na insuficiente só por si e que ela devia ser acompanhada de mais acções de luta.


Agrupamento de escolas de Telheiras

CONSIDERANDO:
a) Que o Governo Sócrates /P.S. está bem coordenado, entre os vários ministérios, na extinção de direitos fundamentais dos trabalhadores da Função Pública, quer no ensino, quer nos outros sectores da mesma;

b) Que o Ministério da Educação e o Governo P.S. atentam contra o ensino gratuito e de qualidade, contra a dignificação da carreira docente, através de um estatuto desfasado da realidade da escola pública e fracturante da carreira docente, impondo-lhe várias categorias;

c) Que o endurecimento das formas de luta renova e fortalece a classe docente, no sentido de que volte a estar unida assim como, perante os momentos eleitorais que se avizinham, é importante pressionar o governo e obrigá-lo a ceder nas questões fundamentais para a classe docente;

PROPOMOS:

ACÇÃO DE LUTA CONJUNTA DA FUNÇÂO PÚBLICA

- GREVE DE DOIS DIAS ( 14 e 15 de MAIO) DE TODA A FUNÇÃO PÚBLICA.

- REALIZAÇÂO/ PARTICIPAÇÃO NA MANIFESTAÇÂO DO DIA !16 DE MAIO, ESTA TAMBÉM CONJUNTA COM TODOS OS SECTORES DA FUNÇÃO PÚBLICA.

PROPOSTA APROVADA POR UNANIMIDADE NO DIA 21 DE ABRIL DE 2009, sala de professores, organizada pela C. Sindical do SPGL, com a presença de dois dirigentes do SPGL.

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Escola Dr. António Augusto Louro (Seixal)

POSSÍVEIS ACÇÕES DE LUTA A IMPLEMENTAR FUTURAMENTE :
- organização de marchas lentas nas pontes de acesso às várias cidades, em hora de ponta ;
Houve alguma oposição a esta forma de luta por poder colocar os professores contra a população.
- acampamento e vigília nocturna dentro das instalações da escola, com os professores vestidos de
negro ; Houve algumas objecções a esta proposta por ter pouca visibilidade pública.
A proposta mais consensual :
- organização de um velório/funeral da educação , quer a nível concelhio, quer a nível nacional, de acordo com um calendário a definir pela Plataforma Sindical para o qual seriam convidados encarregados de educação e outros elementos da comunidade educativa :
- acompanhamento musical ( música fúnebre ) da responsabilidade de bandas de colectividades
Locais convidadas para o efeito ou animado por colegas de Educação Musical ;
- assinatura do livro de condolências ;
- participantes vestidos de negro e empunhando archotes, velas ou isqueiros ;
- dentro do caixão seriam colocados todos os documentos legais, relativos ao Estatuto da Carreira Docente, Novo Sistema de Avaliação de Desempenho, Novo Estatuto do Aluno, etc, que seriam
queimados no final ,em sinal de protesto ;
- distribuição de panfletos informativos , relativamente à verdadeira situação da educação portu-
guesa, em geral, e da classe docente, em particular .

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Escola EB 2/3 Secundária Dr.Azevedo Neves (Amadora)

A reunião com a representante do SIndicato foi pouco participada (apenas cinco professores), considerou-se a necessidade de continuar a lutar pelos direitos e pela dignidade dos professores através de várias formas de luta, essencialmente com a relaização de uma grande manifestação ou de greves parciais; a moção apresentada pelo Sindicato foi aprovada e houve pedidos de esclarecimento sobre o concurso por parte dos professores contratados.
Com os meus cumprimentos
Teresa Ximenez

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Escola Secundária D. João V (Amadora)

Os Professores da Escola Secundária D. João V, na Damaia, Amadora, em reunião sindical ontem à tarde aprovaram a seguinte proposta:
Greve às reuniões de Conselho de Turma de avaliação no terceiro período nos anos em que há exames: 9º, 11º e 12º anos, rotativamente, apenas com um professor de cada vez.
Aprovou-se igualmente a proposta de criação de um fundo de greve para diluir os prejuízos em vez de penalizar só alguns professores.
Esta proposta será dada a conhecer à direcção do SPGL e ficamos a aguardar pelos resultados da auscultação da vontade dos professores a nível nacional.
Abraços.
Helena.

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EB1 nº4 de Abrantes

Na EB1 nº4 de Abrantes( Agrupamento vertical de escolas D.Miguel de Almeida) os oito professores presentes aprovaram por unanimidade hoje, na reunião que realizaram uma greve( uma semana/ poder-se-ia prolongar) sem aviso prévio aos encarregados de educação de quando a vinda ou não dos professores à escola alternadamente...
Consideraram ainda que com greves de um dia ou manifestação a coisa já lá não vai com este governo autoritário e inflexível. Há que radicalizar a luta como fizeram no Chile, em França, na Grécia e agora estão querendo fazer no Reino Unido.
O colega
Jose Carlos Jacinto (zeca)

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Agrupamento de Escolas D. Carlos I - Sintra

Acções de luta aprovadas SEM QUALQUER voto contra:
- greve por uma semana* seguida de manifestação nacional,
- publicação nos jornais de um comunicado/anúncio, de página inteira, no dia da manifestação, explicando à opinião pública as razões da luta dos professores,
- caso a greve prolongada e a manifestação não façam recuar o ME,
greve às avaliações do 3º período, responsabilizando-se directamente o ME pelas consequências negativas que daí possam advir para os alunos.

*feita nos moldes defendidos pelos movimentos independentes de professores (nessa semana cada colega só faz dois dias de greve: um por departamento curricular ou região e outra geral)

1 comentário:

RS disse...

Agrupamento de Escolas Visconde de Juromenha - Algueirão

Reunião com a presença de um dirigente sindical do SPGL.

Foi aprovada a proposta dos movimentos independentes de professores, nomeadamente a realização de uma greve de uma semana, em que cada professor só faria 2 dias, uma greve regional e outra nacional, seguida de manifestação nacional.