domingo, 19 de abril de 2009

Semana de discussão nas escolas


20-24 de Abril
Participa nas reuniões em cada escola para decidir as próximas medidas de luta!
Vê aqui informação sobre o processo

O Movimento Escola Pública considera essencial a realização de uma nova grande manifestação nacional no dia 16 de Maio, e apresentou essa proposta no Encontro de Professores em Luta. Defenderemos esta proposta e batalharemos para que ela atinja um consenso muito amplo no seio dos professores. É fundamental voltar a unir todos os professores, os que entregaram e os que não entregaram os objectivos individuais. O governo aposta nessa divisão e é de novo a união que os pode encostar à parede. Mas é também fundamental que o debate seja inteiramente democrático e que todas as possibilidades sejam postas à consulta de todos os professores.

Por isso apelamos a que cada um/a proponha, sem inibições, o que pensa ser o melhor para o sucesso desta luta.

Por que razão concentramos as energias na defesa da realização de uma nova grande manifestação nacional?

1) O governo quer fazer crer que a maior parte dos professores já aceita estas políticas por ter entregue os objectivos. Ora, sabemos que não é verdade. Os professores que os entregaram fizeram-no por receio das consequências. A oportunidade para provar isso é a realização de uma nova manifestação nacional, para voltar a unir todos os professores, os que entregaram e os que não entregaram os objectivos individuais.

2) A manifestação deve ser realizada a um sábado, para permitir uma maior mobilização. O dia 16 de Maio parece uma data adequada. Mas atenção: é uma proposta a fazer aos professores na semana que começa esta segunda-feira. É preciso que essa discussão seja livre e que todos se pronunciem.

3) O governo só recuou em alguns aspectos do seu modelo de avaliação depois de grandes mobilizações de massas dos professores, fossem manifestações ou greves. É isso que o governo teme. É por isso que Pedreira quer comprar a paz dos sindicatos, fazendo chantagem. Não teve sucesso e ainda bem.

4) Naturalmente, não é uma nova grande manifestação nacional que fará o governo recuar imediatamente no essencial das suas políticas. Mas consideramos ser a melhor forma de neste momento condicionar as medidas educativas deste e do próximo governo. E, claro, a luta não pode parar a seguir à manifestação. Outras acções devem começar, desde já, a ser pensadas e debatidas.

5) Consideramos que, nesta altura, defender greves de dois dias ou de uma semana, ou vigílias por tempo indeterminado, são propostas menos mobilizadoras e menos capazes de unir todos os professores. Mas isso será uma decisão desta semana, que queremos que ocorra com toda a democracia.

1 comentário:

RS disse...

Agrupamento de Escolas D. Carlos I - Sintra:

Acções de luta aprovadas SEM QUALQUER voto contra:

- greve por uma semana* seguida de manifestação nacional,

- publicação nos jornais de um comunicado/anúncio, de página inteira, no dia da manifestação, explicando à opinião pública as razões da luta dos professores,

- caso a greve prolongada e a manifestação não façam recuar o ME,
greve às avaliações do 3º período, responsabilizando-se directamente o ME pelas consequências negativas que daí possam advir para os alunos.

*feita nos moldes defendidos pelos movimentos independentes de professores (nessa semana cada colega só faz dois dias de greve: um por departamento curricular ou região e outra geral)

Ricardo Silva (APEDE)