quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Combatividade e grande ânimo encheram de Liberdade a Praça


Ontem manifestaram-se no Porto professores da região, respondendo ao apelo de sindicatos e movimentos de professores.

Os aspectos mais salientes de que queremos aqui deixar nota prendem-se com o grande ânimo, espírito combativo e muito humor irónico demonstrado pelas e pelos profissionais presentes.

A Praça da Liberdade encheu, o espaço em volta da «Menina da Avenida» também, os passeios circundantes estavam cheios de gente compactada por acção do frio que se fazia sentir.

Muitos traziam bandeiras e faixas das suas escolas, grupos de professoras/es, confluíam a partir dos pontos de encontro combinados, com um forte espírito de grupo e orgulho nas escolas que estavam aí a representar e cujo nome era prontamente identificado em conversa connosco.

Antes mesmo da hora aprazada já havia alguns milhares espalhados pelo espaço público e cafés. Conversámos com um grupo de polícias de serviço que estimou em mais de 6000 o número de manifestantes.

A concentração perdurou até ao arranque para o Governo Civil já depois das 20.30h. Os autocolantes do MEP, com a foto da Ministra (a Sinistra, como muitos insistiam em chamar-lhe) esgotaram rapidamente, o comunicado do MEP foi também muito bem recebido. O humor esteve sempre presente nas abordagens que faziam a quem os distribuía: «auto-colante eu quero, mas pôr essa cara ao peito é que é pior..». Fomos respondendo no mesmo tom: «esperamos que essa cara não fique por aí muito tempo!».



A Directora Regional da DREN que se cuide: ouvimos algumas narrativas de professoras que contavam as pressões a que estão a ser sujeitas numa ou noutra escola para não tomarem decisões contra o modelo de avaliação do ME; mas vimos, ouvimos e sentimos muita união e força combativa em todos os presentes, desde professores de várias áreas até responsáveis directivos que com manifesto orgulho ombreavam com os demais; ouvimos também como vários agrupamentos nesse mesmo dia tinham suspendido a avaliação; isto apesar das ameaças de quem sistematicamente não só desrespeita a lei sobre liberdade associativa, sindical e de expressão como ignora arrogantemente quem pretende estar a dirigir.



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