Para se ter ideia da extensão da manifestação, importa referir que os professores se estenderam entre a Rotunda do Papa e a Praça da República, local de onde saíram a pé rumo à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), onde se registaram as intervenções da praxe. Números correctos é impossível apresentar com exactidão, mas Mário Nogueira, secretário- -geral da FENPROF (Federação Nacional dos Professores), avançou com a participação de «sete a oito mil professores» em protesto contra a avaliação de desempenho.
Sucessivos gritos de ordem, longas tarjas, simples cartolinas, negras bandeiras ou pequenos autocolantes. Tudo serviu para voltar a contestar a actuação e as atitudes de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação. “É preciso acreditar” serviu de lema a uma das listas de estudantes candidatas à Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra. Ontem à noite, uma das manifestantes exibia o slogan, que, no fundo, reproduzia o que levou milhares de professores para a rua.
“Revisão do estatuto, uma força que ninguém pode parar” lia-se numa cartolina, enquanto outro cartaz referia: “Categoria de titular, professor de categoria”, surgindo uma cruz por cima da primeira frase. Com archotes distribuídos pela classe para iluminar e aquecer a fria noite, os professores apelaram ao “simplex da educação”, lembrando que «com esta política, a escola está a perder». “Avaliação: suspensão, já!”, ostentava a tarja segura, entre outros, por Mário Nogueira.
Mário Nogueira estimou uma participação entre sete a oito mil professores em Coimbra, a juntar aos 11 mil, que disse terem-se manifestado, ontem, em Viseu (4.000), Leiria (3.000), Guarda (3.000) e Lamego (1.000). O sindicalista mostrou-se convencido de que, com as manifestações dos distritos de Aveiro e Castelo Branco, o número terá atingido os 25 mil professores nas ruas na região Centro.
Caminho fora, pé ante pé, os muitos metros que separam a Praça da República da DREC, sita na Rua General Humberto Delgado, pareceram curtos perante a tamanha onda de contestação que impera na classe. «Categoria há só uma, professor e mais nenhuma» e «está na hora, está na hora, da ministra ir embora» gritaram os professores do distrito de Coimbra, mas onde estiveram, por exemplo, docentes do concelho da Mealhada, pertencente ao vizinho distrito de Aveiro, onde os professores também se manifestaram ontem à noite.
No início da manifestação, ainda na Praça da República, Mário Nogueira criticou «a obstinação da senhora ministra», sublinhando que «não pode continuar a prejudicar o funcionamento das escolas». «Nunca uma classe profissional, em Portugal, esteve mobilizada como está a dos professores. A ida até à DREC é simbólica», acrescentou, antes de realçar que «não é um problema de avaliação, mas mais profundo: de política educativa».
O secretario-geral da FENPROF revelou que Maria de Lurdes Rodrigues «não consegue perceber, neste momento, o que os professores sentem», pelo que «ao manter esta avaliação de desempenho vai ter, até ao final do ano, estas manifestações, estas lutas». «Não consegue perceber que, durante dois anos, os professores estiveram a lutar à noite e ao fim-de-semana, mas que, a partir da próxima semana, isso vai acabar e as greves vão começar. A primeira já no dia 3 de Dezembro, que vai ser a maior greve de sempre dos professores em Portugal, com todas as escolas a fecharem», adiantou.
A suspensão do actual modelo de avaliação e a negociação de uma alternativa formativa de qualidade cientificamente capaz e pedagogicamente adequada são duas das reivindicações dos docentes, que prometem manter-se em luta pela resolução dos problemas que afectam a classe, com o propósito de serem «criadas condições nas escolas para que as aulas funcionem normalmente, os professores desempenhem as suas funções com tranquilidade e os alunos possam ter aprendizagem de qualidade».
No Diário de Coimbra
Sucessivos gritos de ordem, longas tarjas, simples cartolinas, negras bandeiras ou pequenos autocolantes. Tudo serviu para voltar a contestar a actuação e as atitudes de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação. “É preciso acreditar” serviu de lema a uma das listas de estudantes candidatas à Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra. Ontem à noite, uma das manifestantes exibia o slogan, que, no fundo, reproduzia o que levou milhares de professores para a rua.
“Revisão do estatuto, uma força que ninguém pode parar” lia-se numa cartolina, enquanto outro cartaz referia: “Categoria de titular, professor de categoria”, surgindo uma cruz por cima da primeira frase. Com archotes distribuídos pela classe para iluminar e aquecer a fria noite, os professores apelaram ao “simplex da educação”, lembrando que «com esta política, a escola está a perder». “Avaliação: suspensão, já!”, ostentava a tarja segura, entre outros, por Mário Nogueira.
Mário Nogueira estimou uma participação entre sete a oito mil professores em Coimbra, a juntar aos 11 mil, que disse terem-se manifestado, ontem, em Viseu (4.000), Leiria (3.000), Guarda (3.000) e Lamego (1.000). O sindicalista mostrou-se convencido de que, com as manifestações dos distritos de Aveiro e Castelo Branco, o número terá atingido os 25 mil professores nas ruas na região Centro.
Caminho fora, pé ante pé, os muitos metros que separam a Praça da República da DREC, sita na Rua General Humberto Delgado, pareceram curtos perante a tamanha onda de contestação que impera na classe. «Categoria há só uma, professor e mais nenhuma» e «está na hora, está na hora, da ministra ir embora» gritaram os professores do distrito de Coimbra, mas onde estiveram, por exemplo, docentes do concelho da Mealhada, pertencente ao vizinho distrito de Aveiro, onde os professores também se manifestaram ontem à noite.
No início da manifestação, ainda na Praça da República, Mário Nogueira criticou «a obstinação da senhora ministra», sublinhando que «não pode continuar a prejudicar o funcionamento das escolas». «Nunca uma classe profissional, em Portugal, esteve mobilizada como está a dos professores. A ida até à DREC é simbólica», acrescentou, antes de realçar que «não é um problema de avaliação, mas mais profundo: de política educativa».
O secretario-geral da FENPROF revelou que Maria de Lurdes Rodrigues «não consegue perceber, neste momento, o que os professores sentem», pelo que «ao manter esta avaliação de desempenho vai ter, até ao final do ano, estas manifestações, estas lutas». «Não consegue perceber que, durante dois anos, os professores estiveram a lutar à noite e ao fim-de-semana, mas que, a partir da próxima semana, isso vai acabar e as greves vão começar. A primeira já no dia 3 de Dezembro, que vai ser a maior greve de sempre dos professores em Portugal, com todas as escolas a fecharem», adiantou.
A suspensão do actual modelo de avaliação e a negociação de uma alternativa formativa de qualidade cientificamente capaz e pedagogicamente adequada são duas das reivindicações dos docentes, que prometem manter-se em luta pela resolução dos problemas que afectam a classe, com o propósito de serem «criadas condições nas escolas para que as aulas funcionem normalmente, os professores desempenhem as suas funções com tranquilidade e os alunos possam ter aprendizagem de qualidade».
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