Alterações apresentadas pela ministra:
- os resultados dos alunos deixam de contar para a avaliação
- os professores podem requerer ser avaliados por docentes da mesma área disciplinar
- as aulas assistidas passam de três para duas e só são necessárias caso o professor avaliado queira aceder às notas de Muito Bom e Excelente
- anunciou simplificações das fichas e instrumentos de registo, mas sem concretizar nada.
A ministra diz que nada destas alterações beliscam o modelo. Pois não.
O modelo coloca professores titulares a avaliar outros titulares e não titulares. Assenta por isso na divisão artificial e injusta da carreira e não garante maiores competências dos avaliadores sobre os avaliados, mantendo a desconfiança entre pares.
O modelo põe professores a vigiar professores, professores a competir com professores, em vez de incentivar um clima de cooperação e inter-ajuda a bem dos alunos.
Mantém as cotas para as notas de Muito Bom e Excelente, mesmo quando mais professores as merecem.
Mantém o carácter punitivo do modelo de avaliação, rejeitando uma visão formativa e que permita a melhoria concreta das práticas pedagógicas.
A Ministra da Educação apresenta simplex atrás de simplex para ver se salva o essencial de um modelo injusto. Não quer ver que este modelo não funciona.
Além de não tocar no essencial, a ministra diz que este simplex é apenas para este ano. E para o ano? O essencial mais complex?
Nenhum professor engole o rebuçado envenenado. Suspensão já!
1 comentário:
Lá se ouviu a conferência de imprensa, mais recado que conferência, de resto, que perguntas incómodas não de seu por elas.
João Dias da Silva na SIC Notícias, logo a seguir, declara: nada mudou no essencial.
Esperemos mais reacções, e poder LER as medidas.
O que se ouve dizer é tantas vezes diferente do que se escreve. A mesma ministra, recorde-se, dizia que os professores “só” tinham de preencher 2 folhitas.
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