O Movimento Escola Pública participou na manifestação do 25 de Abril, data que assinalamos com todo o empenho e a nossa vontade de defender a liberdade, a igualdade e a democracia. Depois da manifestação, reunimos na Casa do Brasil e, para além de discutirmos aspectos organizativos do Movimento Escola Pública, fizemos um balanço da semana de consulta aos professores e apontámos os caminhos que nos parecem os mais eficazes para continuar uma luta que veio para durar. Assim, eis um resumo possível das principais ideias-força:
1) A participação na semana de consulta não foi famosa: apesar das mais de mil reuniões realizadas, houve de facto várias escolas em que não houve reunião, e nas que houve o número de professores foi mais baixo do que em consultas anteriores.
2) A esta situação não é alheio o facto de grande parte dos professores ter entregue os objectivos individuais. Há vergonha e desânimo da parte de muitos professores que cederam com medo de ficarem isolados. Por isso, muitos não participaram nas reuniões. Mas isto não é uma situação generalizada: nesta reunião aberta que realizámos estiveram professores que entregaram os objectivos individuais e que querem muito continuar a lutar.
3) Pelos motivos indicados acima, foram em geral os professores mais radicalizados (que bom seria que todos partilhassem esta disponibilidade inequívoca para a luta) que compareceram nas reuniões. Daí que seja natural que propostas de luta como greves de vários dias ou greves em simultâneo com manifestações tivessem tido uma adesão nada desprezável.
4) Mas a proposta de uma grande manifestação nacional, acompanhada ou não de outras medidas de luta, não tendo recolhido um entusiasmo por aí além, apareceu na maior parte dos casos como algo incontestável.
Assim, considerou-se fundamental:
6) Voltar a unir todos os professores, tenham ou não entregue os objectivos individuais, num grande protesto de massas. É preciso mostrar ao governo e ao país que a maioria esmagadora dos professores não concorda com a farsa que o ministério quer impor nas escolas.
7) Para conseguir isto, quaisquer que sejam as medidas de luta adoptadas, devemos ter um discurso dirigido aos professores que entregaram os objectivos individuais: não desistam, nada está perdido, muito pelo contrário, com todos vocês os professores voltarão a estar unidos e a serem capazes de condicionar as políticas deste e do próximo governo
8) Dado o défice de participação nesta consulta e o ambiente que se vive nas escolas, consideramos contraproducente avançar para medidas de luta radicais. A forma de luta mais capaz de voltar a unir todos os professores é a realização de uma grande manifestação nacional. E que seja a um sábado para poder ser mais mobilizadora.
9) Ora, no mês de Maio, há quatro sábados disponíveis: 9 de Maio é muito cedo, há pouco tempo para mobilizar. 16 de Maio começa a perder força, até porque consta que nessa altura haverá uma grande manifestação em Lisboa, protagonizada pela Igreja Católica e que pode mobilizar muitos milhares de pessoas. 23 de Maio seria uma boa data, mas há muito tempo que um partido político (PCP) tem agendada uma manifestação nacional em Lisboa para esse dia. Assim resta-nos o sábado 30 de Maio, que a nosso entender só traz vantagens, porque:
- temos mais de um mês para mobilizar em força para esta data, e vimos como é necessário ter tempo para voltar a dar confiança a muitos professores
- 30 de Maio dista uma semana das eleições europeias (7 de Junho): os professores têm todos os motivos para mostrarem, em força, em tempo de campanha eleitoral, a escola pública que defendem e a rejeição às políticas des(educativas) deste governo, denunciando igualmente o desinvestimento na escola pública como resultado de políticas europeias.
10) E finalmente sublinhamos: o governo já recuou quando se viu encostado à parede com manifestações surpreendentes. Depois do simplex 1 e do simplex 2, começa a ser difícil enganar a opinião pública com um simplex 3. Os professores estarão na rua para provar isso.
1) A participação na semana de consulta não foi famosa: apesar das mais de mil reuniões realizadas, houve de facto várias escolas em que não houve reunião, e nas que houve o número de professores foi mais baixo do que em consultas anteriores.
2) A esta situação não é alheio o facto de grande parte dos professores ter entregue os objectivos individuais. Há vergonha e desânimo da parte de muitos professores que cederam com medo de ficarem isolados. Por isso, muitos não participaram nas reuniões. Mas isto não é uma situação generalizada: nesta reunião aberta que realizámos estiveram professores que entregaram os objectivos individuais e que querem muito continuar a lutar.
3) Pelos motivos indicados acima, foram em geral os professores mais radicalizados (que bom seria que todos partilhassem esta disponibilidade inequívoca para a luta) que compareceram nas reuniões. Daí que seja natural que propostas de luta como greves de vários dias ou greves em simultâneo com manifestações tivessem tido uma adesão nada desprezável.
4) Mas a proposta de uma grande manifestação nacional, acompanhada ou não de outras medidas de luta, não tendo recolhido um entusiasmo por aí além, apareceu na maior parte dos casos como algo incontestável.
Assim, considerou-se fundamental:
6) Voltar a unir todos os professores, tenham ou não entregue os objectivos individuais, num grande protesto de massas. É preciso mostrar ao governo e ao país que a maioria esmagadora dos professores não concorda com a farsa que o ministério quer impor nas escolas.
7) Para conseguir isto, quaisquer que sejam as medidas de luta adoptadas, devemos ter um discurso dirigido aos professores que entregaram os objectivos individuais: não desistam, nada está perdido, muito pelo contrário, com todos vocês os professores voltarão a estar unidos e a serem capazes de condicionar as políticas deste e do próximo governo
8) Dado o défice de participação nesta consulta e o ambiente que se vive nas escolas, consideramos contraproducente avançar para medidas de luta radicais. A forma de luta mais capaz de voltar a unir todos os professores é a realização de uma grande manifestação nacional. E que seja a um sábado para poder ser mais mobilizadora.
9) Ora, no mês de Maio, há quatro sábados disponíveis: 9 de Maio é muito cedo, há pouco tempo para mobilizar. 16 de Maio começa a perder força, até porque consta que nessa altura haverá uma grande manifestação em Lisboa, protagonizada pela Igreja Católica e que pode mobilizar muitos milhares de pessoas. 23 de Maio seria uma boa data, mas há muito tempo que um partido político (PCP) tem agendada uma manifestação nacional em Lisboa para esse dia. Assim resta-nos o sábado 30 de Maio, que a nosso entender só traz vantagens, porque:
- temos mais de um mês para mobilizar em força para esta data, e vimos como é necessário ter tempo para voltar a dar confiança a muitos professores
- 30 de Maio dista uma semana das eleições europeias (7 de Junho): os professores têm todos os motivos para mostrarem, em força, em tempo de campanha eleitoral, a escola pública que defendem e a rejeição às políticas des(educativas) deste governo, denunciando igualmente o desinvestimento na escola pública como resultado de políticas europeias.
10) E finalmente sublinhamos: o governo já recuou quando se viu encostado à parede com manifestações surpreendentes. Depois do simplex 1 e do simplex 2, começa a ser difícil enganar a opinião pública com um simplex 3. Os professores estarão na rua para provar isso.
1 comentário:
Muito bem dito.
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